Sérgio Soares nasceu em Malange antes da independência de Angola, e quando partiu, sozinho, com 5 mil escudos no bolso, aproveitando a ponte aérea para a fuga dos «retornados» em 1975, julgou que não voltaria a ver Luanda. No entanto, a sua vida profissional levou-o a regressar mais vezes do que contava ao seu país de origem. Ali foi o primeiro correspondente estrangeiro autorizado de um país ocidental durante os anos mais duros da guerra civil, uma das muitas guerras por procuração da Guerra Fria no seu período de estertor, a que assistiu de plateia até a inconveniência das suas apreciações do regime terem dado origem à sua expulsão. Apesar de considerado persona non grata pelo regime, continuou a voltar, e a acompanhar de mais perto do que a família gostaria os lances absurdos de uma das guerras mais destruidoras a que África já assistiu.
Além de ter sido correspondente da agência Lusa em Angola, e entre muitas outras funções enquanto jornalista, Sérgio Soares foi chefe de redacção da revista África Hoje, director de informação da TVI e até recentemente editor executivo do jornal i.
Além de ter sido correspondente da agência Lusa em Angola, e entre muitas outras funções enquanto jornalista, Sérgio Soares foi chefe de redacção da revista África Hoje, director de informação da TVI e até recentemente editor executivo do jornal i.