Alberto Caeiro has born in Lisbon, in Abril 16th, 1899, and died at the same city, on 1915. Also, although he was born and died at the Capital, he spent most of his life at the countryside, without formal instruction or education. He was also an orphan and had his income from his land, which he rented. He lived by himself and an old grand-aunt.
Fernando Pessoa says it all from his greatest creation (and heteronym). His most philosophical persona is also the worst educated, simpleton and non-urban person of all. Pessoa's work creates Alberto Caeiro's personality, and not the opposite. Caeiro's simple and direct text, his limited life perception, full of sensibility and transcendental expression, gives this character his life and soul.
Caeiro is built as an answer to Pessoa's view on symbolism poetry, drinking on the same sources and imagery, but on a more concrete bias, without unnecessary descriptions or allegories. He unbuilds rationalism and modern intellectuality, switching them for a more synesthetic and material lifestyle. He brought Epicurian elements by an indirect bias, without glamour ou pedantry or name-dropping. He says that we need only to live life to understand it and that's no more than that. This is the basic "sensory realism" praxis, the opposite of symbolism poetry.
This is his whole poetry works.
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Diz-se que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa, no ano de 1889, no dia 16 de Abril e morreu na mesma cidade, no ano de 1915. Também diz-se que ele, apesar de ter nascido (e morrido) na capital, vivera toda a sua vida no campo, sem ter tido instrução ou educação além da básica, fundamental. Era órfão de pai e mãe e vivia do pouco que sua terra, arrendada, lhe fornecia, com uma tia-avó que lhe acompanhava.
Diz-se isso da maior criação de Fernando Pessoa. É o próprio autor que lhe traça a biografia e, por ironia, tece no seu personagem mais ?matuto?, os maiores arroubos filosóficos que sua mente prolífica produz em texto. É o texto que Pessoa produz que molda a vida do seu melhor heterônimo. A linguagem simples e limitada, a percepção da vida pouco sofisticada, mas imbuída de uma sensibilidade transcendental é quem dá a vida ao ?escritor?. Alberto Caeiro nasce do texto que lhe é atribuído, é a obra fazendo o ?obreiro?, a reversão do processo em texto.
Ele surge como uma resposta de Pessoa à poesia simbolista, bebendo das mesmas fontes, das mesmas metáforas, mas com um viés mais concreto, sem alegorias desnecessárias. Desconstrói o racionalismo e a intelectualidade, substituindo esse processo por uma vivência mais material e sinestésica. Ele incorpora os princípios Epicurianos num viés indireto, sem pedantismo e sem citar nomes e referências. Basta viver a vida para entendê-la, para transcendê-la. É a prática do ?realismo sensorial?, numa rejeição às elucubrações da poesia simbolista.
Eis aqui sua obra completa
Fernando Pessoa says it all from his greatest creation (and heteronym). His most philosophical persona is also the worst educated, simpleton and non-urban person of all. Pessoa's work creates Alberto Caeiro's personality, and not the opposite. Caeiro's simple and direct text, his limited life perception, full of sensibility and transcendental expression, gives this character his life and soul.
Caeiro is built as an answer to Pessoa's view on symbolism poetry, drinking on the same sources and imagery, but on a more concrete bias, without unnecessary descriptions or allegories. He unbuilds rationalism and modern intellectuality, switching them for a more synesthetic and material lifestyle. He brought Epicurian elements by an indirect bias, without glamour ou pedantry or name-dropping. He says that we need only to live life to understand it and that's no more than that. This is the basic "sensory realism" praxis, the opposite of symbolism poetry.
This is his whole poetry works.
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Diz-se que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa, no ano de 1889, no dia 16 de Abril e morreu na mesma cidade, no ano de 1915. Também diz-se que ele, apesar de ter nascido (e morrido) na capital, vivera toda a sua vida no campo, sem ter tido instrução ou educação além da básica, fundamental. Era órfão de pai e mãe e vivia do pouco que sua terra, arrendada, lhe fornecia, com uma tia-avó que lhe acompanhava.
Diz-se isso da maior criação de Fernando Pessoa. É o próprio autor que lhe traça a biografia e, por ironia, tece no seu personagem mais ?matuto?, os maiores arroubos filosóficos que sua mente prolífica produz em texto. É o texto que Pessoa produz que molda a vida do seu melhor heterônimo. A linguagem simples e limitada, a percepção da vida pouco sofisticada, mas imbuída de uma sensibilidade transcendental é quem dá a vida ao ?escritor?. Alberto Caeiro nasce do texto que lhe é atribuído, é a obra fazendo o ?obreiro?, a reversão do processo em texto.
Ele surge como uma resposta de Pessoa à poesia simbolista, bebendo das mesmas fontes, das mesmas metáforas, mas com um viés mais concreto, sem alegorias desnecessárias. Desconstrói o racionalismo e a intelectualidade, substituindo esse processo por uma vivência mais material e sinestésica. Ele incorpora os princípios Epicurianos num viés indireto, sem pedantismo e sem citar nomes e referências. Basta viver a vida para entendê-la, para transcendê-la. É a prática do ?realismo sensorial?, numa rejeição às elucubrações da poesia simbolista.
Eis aqui sua obra completa
