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    Poemas de Álvaro Campos

    Por Fernando Pessoa
    Existem 14 citações disponíveis para Poemas de Álvaro Campos

    Sobre



    Em 8 de março de 1914, aos 25 anos de idade, o poeta português Fernando Pessoa teve um insight e, naquilo que ele chamaria mais tarde de "dia triunfal", criou seus três principais heterônimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Deu-lhes, além do nome, uma biografia, um biotipo e, sobretudo, uma obra e um estilo poético únicos. Trata-se do único caso de heteronímia de toda história da literatura universal.

    Álvaro de Campos era, segundo Pessoa, "o mais histericamente histérico de mim"; era engenheiro, usava monóculo, e o poeta escrevia sob o seu nome quando sentia um súbito impulso de escrever não sei o quê." Campos é o heterônimo da modernidade, da euforia, da irreverência total a tudo e a todos, cultuador da liberdade, sedento por experimentar todas as sensações a um só tempo e profundamente influenciado por Walt Whitman. De sua lavra são os célebres versos de "Opiário", "Ode trinfual", "Lisbon revisited" e "Tabacaria" ? este último considerado dos mais belos poemas da língua portuguesa.
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    Citações de Poemas de Álvaro Campos

    Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova, E depois o princípio da morte da tua memória.

    Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.

    minha Pátria é onde não estou.

    Isto de sensações só vale a pena Se a gente se não põe a olhar para elas.

    Se ao menos eu por fora fosse tão Interessante como sou por dentro!

    Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio E a minha ambição era trazer o universo ao colo Como uma criança a quem a ama beija.

    Porque é sempre de nós que nos separamos quando deixamos alguém, É sempre de nós que partimos quando deixamos a costa, A casa, o campo, a margem, a gare, ou o cais. Tudo que vimos é nós, vivemos só nós o mundo. Não temos senão nós dentro e fora de nós, Não temos nada, não temos nada, não temos nada…

    Eu adoro todas as coisas E o meu coração é um albergue aberto toda a noite. Tenho pela vida um interesse ávido Que busca compreendê-la sentindo-a muito. Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo, Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas. Para aumentar com isso a minha personalidade. Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio E a minha ambição era trazer o universo ao colo Como uma criança a quem a ama beija.

    Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exatos — Eu os aperto a meu peito, como filho que encontrasse o pai perdido.   Vivam, vivam, vivam Os montes, e a planície, e as ervas! Vivam os rios, vivam as fontes! Vivam as flores, e as árvores, e as pedras! Vivam os entes vivos e os bichos pequenos, Os bichos que correm, insetos e aves, Os animais todos, tão reais sem mim, Os homens, as mulheres, as crianças, As famílias, e as não-famílias, igualmente! Tudo quanto sente sem saber porquê! Tudo quanto vive sem pensar que vive! Tudo que acaba e nunca se aumenta com nada, Sabendo, melhor que eu, que nada há que temer, Que nada é fim, que nada é abismo, que nada é mistério, E que tudo é Deus, e que tudo é Ser, e que tudo é Vida.

    O que é haver ser, o que é haver seres, o que é haver coisas, O que é haver vida em plantas e nas gentes, E coisas que a gente constrói — Maravilhosa alegria de coisas e de seres — Perante a ignorância em que estamos de como isto tudo pode ser.   1923~1930

    Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Não há abismos! Nada é sinistro! Não há mistério verdadeiro! Não há mistério ou verdade!

    Eu sou Eu. Viva eu porque estou morto! Viva! Eu sou eu.

    Ah, estou liberto! Ah, quebrei todas As algemas do pensamento.

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