We love eBooks
    Baixar Poemas de Álvaro de Campos pdf, epub, eBook

    Poemas de Álvaro de Campos

    Por Fernando Pessoa
    Existem 12 citações disponíveis para Poemas de Álvaro de Campos

    Sobre

    Álvaro de Campos foi o heterônimo mais produtivo da obra conhecida de Pessoa. Ao que parece, o poeta muitas vezes o utilizou como um alter ego, além de mero heterônimo. Disto resultou uma obra muito extensa em que se entrecruzam temas e estilos de escrita por vezes dissonantes entre si, próprios da mente de um poeta que se dividiu em muitas personalidades distintas. Esta edição não trará **todos** os poemas de Álvaro de Campos, dentre outras razões pelo fato de que há muitos que simplesmente são dissonantes demais dos outros para que coubessem numa mesma linha poética. O que tentei fazer aqui, então, foi uma seleção dos melhores poemas de Álvaro. Para tal, procurei privilegiar sua fase final, onde se aproximou quase que definitivamente do próprio Pessoa, enquanto ignorei boa parte de sua fase inicial, principalmente os poemas demasiadamente longos. Aos que se preocupam se alguns poemas clássicos foram deixados de fora, quero lembrar que "Tabacaria", "A partida", "Poema em linha reta", "Lisbon revisited" e todos os demais que seguem este mesmo estilo se encontram todos aqui. Na medida do possível, procurei ordenar os poemas selecionados por ordem cronológica. No entanto, sabemos que o próprio Pessoa costumava assinar alguns poemas com datas fictícias, então não há como se ter certeza absoluta de que todos foram efetivamente escritos nesta ordem. Espero que minha seleção lhe agrade...
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Definido como

    Listados nas coleções

    Citações de Poemas de Álvaro de Campos

    O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.

    Todos julgamos que seremos vivos depois de mortos. Nosso medo da morte é o de sermos enterrados vivos.

    Eu adoro todas as coisas E o meu coração é um albergue aberto toda a noite. Tenho pela vida um interesse ávido Que busca compreendê-la sentindo-a muito. Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,

    Porque é sempre de nós que nos separamos quando deixamos alguém, É sempre de nós que partimos quando deixamos a costa, A casa, o campo, a margem, a gare, ou o cais. Tudo que vimos é nós, vivemos só nós o mundo. Não temos senão nós dentro e fora de nós, Não temos nada, não temos nada, não temos nada…

    Da casa do monte, símbolo eterno e perfeito, Vejo os campos, os campos todos, E eu os saúdo por fim com a voz verdadeira, Eu lhes dou vivas, chorando, com as lágrimas certas e os vivas exatos — Eu os aperto a meu peito, como filho que encontrasse o pai perdido.   Vivam, vivam, vivam Os montes, e a planície, e as ervas! Vivam os rios, vivam as fontes! Vivam as flores, e as árvores, e as pedras! Vivam os entes vivos e os bichos pequenos, Os bichos que correm, insetos e aves, Os animais todos, tão reais sem mim, Os homens, as mulheres, as crianças, As famílias, e as não-famílias, igualmente! Tudo quanto sente sem saber porquê! Tudo quanto vive sem pensar que vive! Tudo que acaba e nunca se aumenta com nada, Sabendo, melhor que eu, que nada há que temer, Que nada é fim, que nada é abismo, que nada é mistério, E que tudo é Deus, e que tudo é Ser, e que tudo é Vida.

    Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio E a minha ambição era trazer o universo ao colo Como uma criança a quem a ama beija.

    Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Eu adoro todas as coisas E o meu coração é um albergue aberto toda a noite. Tenho pela vida um interesse ávido Que busca compreendê-la sentindo-a muito. Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo, Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas. Para aumentar com isso a minha personalidade. Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio E a minha ambição era trazer o universo ao colo Como uma criança a quem a ama beija.

    Eu sou Eu. Viva eu porque estou morto! Viva! Eu sou eu.

    O que é haver ser, o que é haver seres, o que é haver coisas, O que é haver vida em plantas e nas gentes, E coisas que a gente constrói — Maravilhosa alegria de coisas e de seres — Perante a ignorância em que estamos de como isto tudo pode ser.   1923~1930

    Ah, estou liberto! Ah, quebrei todas As algemas do pensamento.

    Não há abismos! Nada é sinistro! Não há mistério verdadeiro! Não há mistério ou verdade!

    eBooks por Fernando Pessoa

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções eBooks similares