Pornô Chic
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Quem será que inventou isso da gente ser lambida, e por que será que é tão gostoso?
porque filho da puta eu sei que é feio falar. Só putinha é que é bonita, e é mais bonita quando o senhor fala.
Sabia que não era para a gente se perguntar muito, que a vida é viável enquanto se fica na superfície,
“É melhor se desentender com o mundo todo do que com a única pessoa com quem se é forçado a viver após ter se despedido de todos”.
Não sei por que as histórias pra criança não têm o príncipe lambendo a moça e pondo o dedinho dele maravilhoso no cuzinho da gente.
Querida Clódia: há algumas coisas para te dizer daqui do meu voluntário exílio. Por exemplo: quando eu morrer, quero que ao invés das bolinhas de algodão que usualmente colocam nas narinas do morto, que você providencie bolinhas de pentelho de virgem. Sei que será uma estafante tarefa porque primeiro: não há virgens. Segundo: as que seriam virgens são impúberes e portanto sem pentelhos, glabras. Vá pensando nisso tudo. Outra coisa importante: pinte uma vagina dentro de uma casca de ovo, com nuances bleu foncé e negro, e estando eu morto coloque a
Colha duas amoras ou compre-as, dependendo se você mora no campo ou na cidade. Coloque uma em cada narina. Agora consiga de qualquer jeito um pé de alface de folhas bem durinhas. Se vier uma sensação de falta de ar, abra a boca e as pernas e abane-se com uma das folhas de alface. Não se esqueça da pitada de sal. Na alface, lógico.
Tenho horror de escritor. A lista de tarados é enorme. Rimbaud, o tal gênio: catava os dele piolhos e atirava-os nos cidadãos. Urinava nos copos das gentes nos bares. Praticamente enlouqueceu Verlaine. (E a mãe de Verlaine? O que querem dizer aqueles fetos guardados nos potes de vidro em cima da lareira? Mãe de escritor também não é fácil. Seriam irmãozinhos de Verlaine?) Outro doido. Deu um tiro em Rimbaud. Se não me engano, incendiou a própria casa. Depois Proust: consta que enfiava agulhas nos olhinhos dos ratos. E espancava os coitadinhos. Genet: comia os chatos que encontrava nas virilhas do amante. Foucault: saía às noites, todo de couro negro, sadô portanto, ou masô, dando e comendo roxinhos. O próprio Mishima, louco por soldados suados e por sangue. Gozou a primeira vez vendo uma estampa de São Sebastião flechado. Sabes que o Franz, não o Kafka (o Kafka é o mais normalzinho apesar da barata), o Franz aqui de casa é bastante chegado a lixeiros? A cada manhã ouço um pequeno diálogo: tudo bem, senhorrrr lixerrro, está difícil o trabalho? tudo em cima, seu Franz. non serr desagrrradávell o serrviço? O segundo lixeiro abrindo os braços e deixando à mostra os tufos azulados das axilas: desagradável é bater as botas, seu Franz.
Pesada, varicosa, os peitos uma maçaroca batendo na cintura. Pediu-me que eu a acompanhasse até a venda, a mercearia deste lugarejo. Ficou uns quinze minutos discutindo com o cara por causa do pão. mas minha senhora, não sou eu o culpado do preço do pão. se não abaixar o preço não compro. E foi um tal de baixa não baixa que o homem acabou baixando as calças e lhe mostrando a pica (você ia gostar dessa, tem verrugas pretas na ponta). Ela voltou sem o pão. Ia
… um esplendor infinitamente arruinado ……………. o esplendor dos farrapos e o obscuro desafio da indiferença.
“Para mim, só o pensamento é vida”, Hilda diz, “e as pessoas não querem pensar.”
tínhamos discussões intermináveis. Eu lhe mostrava meus textos e ele dizia: tu não tens fôlego, meu chapa, tudo acaba muito depressa, tu não desenvolve o personagem, o personagem fica por aí vagando, não tem espessura, não é real. Mas é só isso que eu quero dizer, não quero contornos, não quero espessura, quero o cara leve, conciso, apressado de si mesmo, livre de dados pessoais, o cara flutua, sim, mas é vivo, mais vivo do que se ficasse preso por palavras, por atos, ele flutua livre, entende? Não. E ajeitava os óculos, não e não. Achei conveniente não lhe mostrar mais os textos. Ele
Penso sempre em Theodor Schroeder, que diz que não existe um quadro ou livro pornográfico, existe é um olhar diante daquilo. Hoje
pornografia Não foi a pornografia que me atraiu: foi a leveza. Achei que, para o meu músculo mental continuar ativo, eu devia optar pela leveza. Fiquei mais feliz assim. Eu só me divirto, não sei dar nome a esse riso, não sei se é pornográfico. Escrever
O escândalo de Sade não foi o de escrever obras obscenas, o que aliás era corrente na literatura libertina setecentista, mas sim o de deslocar o pensamento iluminista para a alcova lúbrica, aproximando a filosofia do erotismo. Assim