Pós-Guerra
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A Alemanha (ao contrário do que se pensava à época) não foi esmagada na guerra, nem nos acordos firmados no pós-guerra: se o tivesse sido, seria difícil explicar a escalada que permitiu àquele país o domínio quase total da Europa apenas 25 anos depois.
Somados seus esforços, Stalin e Hitler, entre 1939 e 1943, expatriaram, deslocaram, expulsaram, deportaram e dispersaram cerca de 30 milhões de pessoas.
Esse processo de nivelamento, por meio do qual as populações nativas da Europa Central e Oriental tomaram o lugar das minorias banidas, foi a contribuição mais permanente de Hitler para a história social da Europa.
A Primeira Guerra Mundial destruiu a velha Europa; a Segunda Guerra Mundial criou as condições para uma nova Europa.
Quando acabou a Primeira Guerra Mundial, as fronteiras é que foram inventadas e ajustadas, enquanto, de modo geral, as pessoas ficaram onde estavam.7 Depois de 1945, aconteceu exatamente o oposto: com uma grande exceção, as fronteiras permaneceram basicamente intactas e as pessoas foram deslocadas.
A Quarta República existira durante apenas 12 anos. Não-amada e não-lamentada, via-se cruelmente enfraquecida, desde o início, pela ausência de um Executivo eficiente — um legado da experiência de Vichy, que levara os legisladores no pós-guerra a relutar em estabelecer uma presidência forte. Foi prejudicada pelos seus próprios sistemas parlamentar e eleitoral, que favoreciam partidos múltiplos e produziam coalizões governamentais instáveis.
“Fotografia é verdade. Cinema é verdade 24 vezes por segundo.” Jean-Luc Godard
Os investimentos dos nazistas — em comunicações, na fabricação de armamentos e veículos, nas indústrias ótica, química, de engenharia leve e metais não-ferrosos — foram feitos para uma economia voltada para a guerra; mas os benefícios vieram vinte anos mais tarde.
Libertada do comunismo, a Europa Oriental passou por uma segunda transformação, ainda mais surpreendente. Ao longo da década de 1990, quatro Estados desapareceram do mapa do continente e 14 países nasceram — ou ressuscitaram. As seis repúblicas mais ocidentais da União Soviética — Estônia, Letônia, Lituânia, Bielo-Rússia, Ucrânia e Moldávia — tornaram-se Estados independentes, ao lado da própria Rússia. A Tchecoslováquia se transformou em dois países distintos — República Tcheca e Eslováquia. E a Iugoslávia dividiu-se nas unidades que a constituíam: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina, Sérvia-Montenegro e Macedônia.
“Nosso país não tem tido sorte. Decidiram realizar esse experimento marxista conosco. Afinal, provamos que a idéia é descabida — ela simplesmente nos desviou do caminho seguido pelos países civilizados do mundo.” Boris Ieltsin, 1991
Cidades como Roterdã ou Leicester eram agora multilíngües e multicores, de um modo que teria causado espanto a qualquer um que lá retornasse após uma ausência de apenas duas décadas.
Conforme já nos anos 60 previra o sociólogo francês André Gorz, o fim da era industrial provocaria o surgimento de uma nova casta de trabalhadores esporádicos, temporários — uma “classe nula, de trabalhadores nulos”—, a um só tempo à margem da vida moderna e, de certo modo, no cerne da vida moderna.
“A sociedade moderna […] é uma sociedade democrática que deve ser observada sem arroubos de entusiasmo nem de indignação.” Raymond Aron
“Ser livre não é fazer o que se quer, mas querer fazer o que se pode.”