Um dos mais premiados jornalistas da televisão brasileira, Marcelo Canellas já rodou o mundo ao longo de seus mais de 25 anos de carreira. Mas, segundo ele mesmo, jamais deixou a cidade de Santa Maria da Boca do Monte, encravada no centro do Rio Grande do Sul ? a província sempre segue com ele, alma adentro, aonde quer que vá.
O livro de crônicas que Canellas acaba de lançar, apropriadamente intitulado Províncias, comprova a profunda conexão do autor com a geografia afetiva de seus anos de formação. Santa Maria, aqui, é o arquetípico microcosmo que, sob a lente de aumento da literatura, vai desvelando o caráter universal das miudezas de um cotidiano particular.
Nesse sentido, qualquer insignificância do dia a dia ? o aroma do café passado no coador de pano, a imobilidade de uma estátua-viva na praça, a desmontagem da lona de um circo ? ganha renovada dimensão nesses relatos. E, também, tudo o que há de profundamente relevante passa por uma necessária releitura: filtrada sob a perspectiva "provinciana" de Canellas, a recente tragédia da Boate Kiss tem, no livro, aquela que talvez seja sua mais pungente interpretação.
Publicados originalmente no Diário de Santa Maria, os textos revelam uma prosa poética fluida, delicada, a serviço da observação da vida e de suas eternas contradições. A compilação Províncias é a oportunidade de tornar o lado cronista de Canellas tão reconhecido quanto sua faceta de jornalista.
O livro de crônicas que Canellas acaba de lançar, apropriadamente intitulado Províncias, comprova a profunda conexão do autor com a geografia afetiva de seus anos de formação. Santa Maria, aqui, é o arquetípico microcosmo que, sob a lente de aumento da literatura, vai desvelando o caráter universal das miudezas de um cotidiano particular.
Nesse sentido, qualquer insignificância do dia a dia ? o aroma do café passado no coador de pano, a imobilidade de uma estátua-viva na praça, a desmontagem da lona de um circo ? ganha renovada dimensão nesses relatos. E, também, tudo o que há de profundamente relevante passa por uma necessária releitura: filtrada sob a perspectiva "provinciana" de Canellas, a recente tragédia da Boate Kiss tem, no livro, aquela que talvez seja sua mais pungente interpretação.
Publicados originalmente no Diário de Santa Maria, os textos revelam uma prosa poética fluida, delicada, a serviço da observação da vida e de suas eternas contradições. A compilação Províncias é a oportunidade de tornar o lado cronista de Canellas tão reconhecido quanto sua faceta de jornalista.