Breve contextualização
Edmund Husserl foi o fundador de um método de investigação filosófica denominado Fenomenologia, que afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos. Segundo ele, tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua 'significação'. 'O mundo tal como ele se apresenta diante dos olhos do observador.'
A dualidade intrínseca à intimidade de tais fenômenos, consolidando aquilo que, por convenção ou por princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo,acaba permeando o imaginário coletivo que se manifesta em toda simbologia constituída pelos tempos além dos tempos.
Apolíneo x Dionisíaco, bastante explorado por Nietzche; o introvertido x extrovertido, de Jung; o preto x branco presente na arquitetura dos mosaicos templários...São exemplos dessa ideia exposta anteriormente.
O título original do livro era Conspiração Li, que na verdade já revelava o conceito da obra: o universo psíquico contraditório do protagonista, supostamente possuidor de uma patologia tradicionalmente tratada com lítio, inserido num universo de forças veladas e ocultas orquestradas por mãos invisíveis, que ambienta toda a obra.
Fortes elementos do Grau de Aprendiz da Filosofia Maçônica (o mais belo, na opinião do autor) estão presentes em todo o livro, de maneira que a interação entre os personagens na verdade se trata de uma tentativa de sensorializar o impacto entre personalidades explorando os arquétipos intercambiáveis.
O novo título, Realidades Ilusórias, surgiu como resposta a uma circunstancia pessoal e acabou arrastando minha vontade no sentido de criar uma nova representação para isso tudo.
Acredito sinceramente que a pessoa que iniciar a aventura por essas páginas não será a mesma no fim, caso se disponha à longa viagem até lá.
Desejo sorte, se sorte for quando a preparação encontra a oportunidade.
Fabrício Oliveira
São Paulo, 12 de Janeiro de 2016
PREFÁCIO
Há quem busque a fuga ou a solução para angústias, frustrações e outras crises existenciais recorrendo a algum tipo de entorpecente, visitando assiduamente o psiquiatra, ou mesmo passando uma temporada num mosteiro tibetano. E também há aqueles que encontram na produção artística a sua principal válvula de escape.
Creio que, após explorar a maior parte dos potenciais caminhos do labirinto de sua existência, Fabrício Oliveira ? o primeiro amigo que tive na vida ? reuniu as condições necessárias para escrever Realidades Ilusórias.
Seria a obra uma espécie de autobiografia? Uma tentativa de promover a reconciliação consigo mesmo, com seus amigos e com seu mundo particular? Talvez sim, talvez não.
O fato é que Realidades Ilusórias possui um forte cariz caleidoscópico, transdimensional e multissemiótico. Ou melhor: trata-se de uma obra aberta, composta a partir de uma sucessão de flashbacks narrados pelo nosso excêntrico protagonista, o renomado químico Enoque Laudares.
Ao virar de cada página, o leitor é convidado a realizar uma intensa descoberta de sentidos, interpretações e significados possíveis acerca dos acontecimentos narrados e, até mesmo, a desvelar suas inúmeras contradições. Tudo isso ambientado por uma instigante trilha sonora e pelos efeitos ensejados pela presença de uma gama de recursos e inovações tecnológicas e científicas.
É desse modo que o livro suscita, de maneira despretensiosa, o conceito de obra aberta, introduzido por Umberto Eco, já que estimula o leitor a construir diferentes pontos de vista face aos acontecimentos, desafiando o leitor a participar ativamente da produção de sentidos emanados pelo livro.
Afinal, o processo de interpretação é algo bastante pessoal e singular, variando de pessoa para pessoa, e depende das experiências de cada leitor, das suas expectativas, interesses, cultura, história, enfim, do seu infinito universo interior.
Por tais razões, convido você, caro leitor, a aventurar-se pelo laboratório de experiências e sentidos vivenciados pelo nosso narrador-protagonista, que certamente conduzirão você à vereda mais próxima do autoconhecimento.
Flaviane Faria Carvalho
Jornalista e Doutora em Linguística
Alfenas, 6 de Janeiro de 2016
Edmund Husserl foi o fundador de um método de investigação filosófica denominado Fenomenologia, que afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos. Segundo ele, tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua 'significação'. 'O mundo tal como ele se apresenta diante dos olhos do observador.'
A dualidade intrínseca à intimidade de tais fenômenos, consolidando aquilo que, por convenção ou por princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo,acaba permeando o imaginário coletivo que se manifesta em toda simbologia constituída pelos tempos além dos tempos.
Apolíneo x Dionisíaco, bastante explorado por Nietzche; o introvertido x extrovertido, de Jung; o preto x branco presente na arquitetura dos mosaicos templários...São exemplos dessa ideia exposta anteriormente.
O título original do livro era Conspiração Li, que na verdade já revelava o conceito da obra: o universo psíquico contraditório do protagonista, supostamente possuidor de uma patologia tradicionalmente tratada com lítio, inserido num universo de forças veladas e ocultas orquestradas por mãos invisíveis, que ambienta toda a obra.
Fortes elementos do Grau de Aprendiz da Filosofia Maçônica (o mais belo, na opinião do autor) estão presentes em todo o livro, de maneira que a interação entre os personagens na verdade se trata de uma tentativa de sensorializar o impacto entre personalidades explorando os arquétipos intercambiáveis.
O novo título, Realidades Ilusórias, surgiu como resposta a uma circunstancia pessoal e acabou arrastando minha vontade no sentido de criar uma nova representação para isso tudo.
Acredito sinceramente que a pessoa que iniciar a aventura por essas páginas não será a mesma no fim, caso se disponha à longa viagem até lá.
Desejo sorte, se sorte for quando a preparação encontra a oportunidade.
Fabrício Oliveira
São Paulo, 12 de Janeiro de 2016
PREFÁCIO
Há quem busque a fuga ou a solução para angústias, frustrações e outras crises existenciais recorrendo a algum tipo de entorpecente, visitando assiduamente o psiquiatra, ou mesmo passando uma temporada num mosteiro tibetano. E também há aqueles que encontram na produção artística a sua principal válvula de escape.
Creio que, após explorar a maior parte dos potenciais caminhos do labirinto de sua existência, Fabrício Oliveira ? o primeiro amigo que tive na vida ? reuniu as condições necessárias para escrever Realidades Ilusórias.
Seria a obra uma espécie de autobiografia? Uma tentativa de promover a reconciliação consigo mesmo, com seus amigos e com seu mundo particular? Talvez sim, talvez não.
O fato é que Realidades Ilusórias possui um forte cariz caleidoscópico, transdimensional e multissemiótico. Ou melhor: trata-se de uma obra aberta, composta a partir de uma sucessão de flashbacks narrados pelo nosso excêntrico protagonista, o renomado químico Enoque Laudares.
Ao virar de cada página, o leitor é convidado a realizar uma intensa descoberta de sentidos, interpretações e significados possíveis acerca dos acontecimentos narrados e, até mesmo, a desvelar suas inúmeras contradições. Tudo isso ambientado por uma instigante trilha sonora e pelos efeitos ensejados pela presença de uma gama de recursos e inovações tecnológicas e científicas.
É desse modo que o livro suscita, de maneira despretensiosa, o conceito de obra aberta, introduzido por Umberto Eco, já que estimula o leitor a construir diferentes pontos de vista face aos acontecimentos, desafiando o leitor a participar ativamente da produção de sentidos emanados pelo livro.
Afinal, o processo de interpretação é algo bastante pessoal e singular, variando de pessoa para pessoa, e depende das experiências de cada leitor, das suas expectativas, interesses, cultura, história, enfim, do seu infinito universo interior.
Por tais razões, convido você, caro leitor, a aventurar-se pelo laboratório de experiências e sentidos vivenciados pelo nosso narrador-protagonista, que certamente conduzirão você à vereda mais próxima do autoconhecimento.
Flaviane Faria Carvalho
Jornalista e Doutora em Linguística
Alfenas, 6 de Janeiro de 2016