Sacher-Masoch: o frio e o cruel (Estéticas)
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Em Masoch e em Sade há duas artes, tanto quanto duas linguagens inteiramente diferentes.
Cada sujeito de determinada perversão precisa do “elemento” da mesma perversão, e não de um sujeito de outra perversão.
Do corpo à obra de arte, da obra de arte às Ideias, há toda uma ascensão que se faz à base de chicotadas.
é, pelo contrário, o prazer de negar a natureza em mim e fora de mim, e até mesmo de negar o próprio eu. Em poucas palavras, é um prazer de demonstração.
Os gostos amorosos de Masoch são célebres: brincar de urso ou de bandido; ser caçado, amarrado, sofrer castigos, humilhações e até fortes dores físicas causadas por uma mulher opulenta vestindo peles e empunhando o chicote;
outra coisa que se trata: de mostrar que o próprio raciocínio é uma violência, e que está do lado dos violentos, com todo o seu rigor, toda a sua serenidade, toda a sua calma. Não se trata sequer de mostrar, mas de demonstrar, uma demonstração que se confunde com a solidão perfeita e a onipotência de quem demonstra. Trata-se de demonstrar a identidade entre a violência e a demonstração. Assim o raciocínio deixa de ter que ser compartilhado com o ouvinte, a quem se dirige apenas o prazer, isto é, com o objeto do qual se obtém o prazer. As violências pelas quais as vítimas passam são apenas a imagem de uma violência maior que a demonstração testemunha.