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    Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos

    Por Boaventura de Sousa Santos
    Existem 7 citações disponíveis para Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos

    Sobre

    Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos, Ele ou Ela estaria em busca de uma concepção contra-hegemônica dos direitos humanos e de uma prática coerente com ela. Nesta obra, o autor centra-se nas dificuldades e contradições enfrentadas pelos direitos humanos quando confrontados com movimentos que reivindicam presença da religião na esfera pública. Propõe uma aliança entre as diferentes teologias da libertação existentes em diferentes religiões e concepções contra-hegemônicas de direitos humanos. Este desafio exige tradução intercultural.
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    Citações de Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos

    O que normalmente não é referido é que, desde então até os nossos dias, os direitos humanos foram usados, como discurso e como arma política, em contextos muito distintos e com objetivos contraditórios.

    Os direitos coletivos existem para eliminar ou minorar a insegurança e a injustiça suportadas pelos indivíduos que são discriminados como vítimas sistemáticas da opressão apenas por serem o que são, e não por fazerem o que fazem.

    considero ser hegemônica, no nosso tempo, uma rede multifacetada de relações econômicas, sociais, políticas, culturais e epistemológicas desiguais baseadas nas interações entre três estruturas principais de poder e dominação – capitalismo, colonialismo e patriarcado – que definem a sua legitimidade (ou dissimulam a sua ilegitimidade) em termos do entendimento liberal do primado do direito, democracia e direitos humanos, vistos como a personificação dos ideais de uma boa sociedade.

    O fundamentalismo surgiu no sul da Califórnia, nos anos 1920, e foi difundido inicialmente por meio de uma publicação religiosa intitulada The fundamentals: a testimony to truth, redigida por um grupo de protestantes evangélicos de diversas denominações,

    As teologias pluralistas concebem a revelação como um contributo para a vida pública e a organização política da sociedade, mas aceitam a autonomia de ambas.

    A forma mais perturbadora de extremismo é o que designo por violência sacrificial. A violência sacrificial significa a imolação do que é mais precioso sob o pretexto ou com o propósito de o salvar. No caso do fundamentalismo islâmico, a violência sacrificial é levada a cabo contra o que é considerado como uma humilhação e opressão intoleráveis por parte do capitalismo ocidental e interesses imperialistas. No tocante às formas mais agressivas da globalização neoliberal (imperialismo e neocolonialismo), destrói-se a vida para “salvar” a vida; violam-se os direitos humanos para “defender” os direitos humanos; eliminam-se as condições para a democracia de modo a “salvaguardá-la”.

    A grande maioria da população mundial não é sujeito de direitos humanos. É objeto de discursos de direitos humanos.

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