Quando resolvi escrever sobre esta aldeia, a vivença dos seus habitantes, os costumes e tradições, não esqueci o tempo em que este drama teve lugar: a década de 50 da ditadura de Salazar. Certos aspectos escabrosos como o adultério, incesto e paixões libidinosas; são deixados à justificação da falta de cultura e ao juízo daqueles que, vestindo a pele de moralistas, julgam apagar da memória dos conterrâneos, os próprios pecados. Até o protagonista deste romance tenta justificar o incesto e o adultério, como uma vingança à imoralidade e evita confrontar os actos com a consciência que o acusa. É no meio desta sociedade sórdida que o amor se ergue casto e imaculado na sua inocência sentimental: como uma açucena que brota do lodo. Mas até a cândida virgem se sente traída pelos seus progenitores. Seu pai, por cobardia, não assume perante Deus e os homens, a transgressão ao seu voto de castidade.
Segredos da Aldeia
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