CEM ANOS DE SOLIDÃO
Gabriel Garcia Márquez
Estou começando acordar o tico e o teco.
Não posso falar de política nem religião...
Nem ir ao boteco.
Ainda há chama sem lama... Assim ninguém reclama.
?O homem é dono do que cala e escravo do que fala?.
?Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.?
Sigmund Freud.
CEM ANOS DE SOLIDÃO
Aí, onde Rebeca come reboco de parede.
Ali, onde o sangue escorrega por debaixo do vão da porta descendo os degraus da entrada e seguindo escanteando a linha de intersecção da calçada com a parede.
Lá, percorrendo trechos em direção à ortogonal esquina, onde vira de súbito convergindo à direita até encontrar o sublime surrealismo transmutando-se em factual.
O tico e o teco não querem acordar. Estão preguiçosos. Olhos remelentos.
Músculos em sedentarismo matinal.
?Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas.?
Gabriel Garcia Márquez.
Gabriel Garcia Márquez
Estou começando acordar o tico e o teco.
Não posso falar de política nem religião...
Nem ir ao boteco.
Ainda há chama sem lama... Assim ninguém reclama.
?O homem é dono do que cala e escravo do que fala?.
?Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.?
Sigmund Freud.
CEM ANOS DE SOLIDÃO
Aí, onde Rebeca come reboco de parede.
Ali, onde o sangue escorrega por debaixo do vão da porta descendo os degraus da entrada e seguindo escanteando a linha de intersecção da calçada com a parede.
Lá, percorrendo trechos em direção à ortogonal esquina, onde vira de súbito convergindo à direita até encontrar o sublime surrealismo transmutando-se em factual.
O tico e o teco não querem acordar. Estão preguiçosos. Olhos remelentos.
Músculos em sedentarismo matinal.
?Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas.?
Gabriel Garcia Márquez.