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    Sem olhos em Gaza

    Por Aldous Huxley
    Existem 6 citações disponíveis para Sem olhos em Gaza

    Sobre

    O título deste romance deriva de um verso de John Milton (1608-1674) - um poeta cego - que na tragédia Samson Agonistes descreve a personagem bíblica Sansão como "sem olhos em Gaza, no moinho com os escravos". Huxley escolhe esse verso como epígrafe e título de seu romance numa alusão ao tema da obra, que é um retrato sem contemplações da espécie humana, aterrador e fascinante pela vaidade e pela alienação transparentes em sua conduta e valores. O cenário eleito por Huxley para este contundente estudo da cegueira do homo sapiens é a alta sociedade inglesa, entre o início do século XX e a década de 1930, onde se mesclam aristocratas decadentes, novos-ricos, intelectuais pretensiosos em meio a arrivistas e boêmios. Contra esse pano de fundo movimenta-se a personagem central, Anthony Beavis, um privilegiado a quem as circunstâncias permitiram gozar de autonomia de pensamento, afluência econômica e ausência de laços afetivos. Sem qualquer esforço moral, Beavis consegue atingir a independência de julgamento de um filósofo e a capacidade de renúncia de um santo. Contudo, essa é uma liberdade fácil, que Huxley reprova. Sua intenção é mostrar que não é de forma alguma a verdadeira liberdade, e que a indiferença filosófica e o desprendimento de seu herói nada têm a ver com os do legítimo pensador ou do homem de bem.
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    Citações de Sem olhos em Gaza

    Questão a resolver: como conciliar a crença que o mundo é, em grande parte, uma ilusão, com a crença na necessidade de melhorar essa ilusão? Como ser simultaneamente desapaixonado e não indiferente, sereno como um velho e ativo como um jovem?

    A indiferença é uma forma de preguiça. Pois a gente pode trabalhar muito, como sempre tenho feito e, contudo, viver atolado na preguiça; ser industrioso no próprio serviço, mas escandalosamente preguiçoso com relação a tudo que não é seu serviço.

    Nas sociedades primitivas todos usam, e anseiam por usar, a mesma personalidade. Mas cada sociedade tem um traje psicológico diferente.

    “O progresso pode, talvez, ser percebido pelos historiadores; nunca, porém, sentido pelos reais participantes do suposto avanço. Os moços já encontram, ao nascerem, as condições de progresso e os velhos têm-nas por naturais dentro de alguns meses ou anos. O progresso não é sentido como tal. Nenhum sentimento de gratidão. O que se nota é somente irritação, quando, por uma razão qualquer, falham os recém-introduzidos elementos de conforto e bem-estar. Os homens não passam o tempo a dar graças a Deus pelos seus automóveis. Praguejam, isso sim, quando o carburador está obstruído”.

    Como todos os outros seres humanos, eu sei o que devo fazer, mas continuo fazendo o que sei que não devo.

    Eis aqui a observação que me fez o velho Miller, quando íamos, a cavalo, ver um dos seus doentes índios nas montanhas: “Na realidade e por natureza, todo homem é uma unidade; nós, porém, transformamos a unidade em trindade. Um homem inteligente e dois idiotas — eis o que, de si próprio, fez cada um de nós. Um admirável manipulador de ideias, atado a uma pessoa que, em matéria de consciência e sentimento, não passa de um cretino; e ambos, associados a um débil mental irremediavelmente inconsciente de tudo quanto faz e sente, sem capacidade alguma, sem saber servir-se de si próprio nem de qualquer outra coisa.

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