Realizamos, há algumas décadas, pesquisas qualitativas que se caracterizam pelo uso da psicanálise como método investigativo. Reconhecemos que a psicanálise comporta três dimensões: a metodológica, a doutrinária e a clínica, conforme estabeleceu Freud e explicitaram Laplanche e Pontalis. Contudo, compreendemos que as teorias, bem como as intervenções terapêuticas ou preventivas, derivam da dimensão metodológica, vale dizer, investigativa.
De fato, a psicanálise, em sua vocação primária, nunca deixa de ser, antes de tudo, pesquisa, ou seja, busca de produção de conhecimento sobre o humano. Nesta linha de pensamento, a dimensão terapêutica, por mais valiosa que seja, não deve ser confundida com um campo maior de saber, a psicologia psicanalítica, que compartilha com as demais ciências humanas um mesmo objeto: os seres humanos. Cada ciência humana abordará um conjunto de qualidades ou aspectos do fenômeno humano, cabendo à psicanálise uma perspectiva específica, voltada ao estudo da produção de sentido afetivo-emocional.
Defendendo que o método psicanalítico apresenta força heurística que ultrapassa os consultórios de atendimento, temos abordado variadas temáticas que surgem na clínica psicológica, uma vez que são acontecimentos da vida humana. Em sua diversidade, tais temáticas guardam em comum o fato de convergirem em termos de preocupação com o sofrimento humano e com buscas de sua superação. Temos, assim, abordado diversas situações nas quais o sofrimento emocional se constela, tais como maternidade, abandono de crianças e adolescentes, adoção, violência doméstica, bem como variadas formas de preconceito contra pacientes psiquiátricos, deficientes físicos, obesos, idosos, adolescentes, homossexuais e negros.
Um dos assuntos que recebeu, desde o início de nossas atividades, uma atenção especial é a maternidade. Concebemos que este fenômeno está dotado de fundamental importância, no campo da psicologia, tanto pelo fato da sociedade ocidental contemporânea organizar as práticas de cuidado de bebês, crianças e adolescentes como responsabilidade da família nuclear, recaindo, via de regra, sobre a mãe biológica, quanto por suas repercussões no que tange a saúde mental de crianças e adultos.
Sendo, portanto, assunto que vem sendo investigado por nosso grupo de pesquisa, decidimos organizar em um mesmo volume trabalhos por nós já apresentados, reunidos pela temática da maternidade.
De fato, a psicanálise, em sua vocação primária, nunca deixa de ser, antes de tudo, pesquisa, ou seja, busca de produção de conhecimento sobre o humano. Nesta linha de pensamento, a dimensão terapêutica, por mais valiosa que seja, não deve ser confundida com um campo maior de saber, a psicologia psicanalítica, que compartilha com as demais ciências humanas um mesmo objeto: os seres humanos. Cada ciência humana abordará um conjunto de qualidades ou aspectos do fenômeno humano, cabendo à psicanálise uma perspectiva específica, voltada ao estudo da produção de sentido afetivo-emocional.
Defendendo que o método psicanalítico apresenta força heurística que ultrapassa os consultórios de atendimento, temos abordado variadas temáticas que surgem na clínica psicológica, uma vez que são acontecimentos da vida humana. Em sua diversidade, tais temáticas guardam em comum o fato de convergirem em termos de preocupação com o sofrimento humano e com buscas de sua superação. Temos, assim, abordado diversas situações nas quais o sofrimento emocional se constela, tais como maternidade, abandono de crianças e adolescentes, adoção, violência doméstica, bem como variadas formas de preconceito contra pacientes psiquiátricos, deficientes físicos, obesos, idosos, adolescentes, homossexuais e negros.
Um dos assuntos que recebeu, desde o início de nossas atividades, uma atenção especial é a maternidade. Concebemos que este fenômeno está dotado de fundamental importância, no campo da psicologia, tanto pelo fato da sociedade ocidental contemporânea organizar as práticas de cuidado de bebês, crianças e adolescentes como responsabilidade da família nuclear, recaindo, via de regra, sobre a mãe biológica, quanto por suas repercussões no que tange a saúde mental de crianças e adultos.
Sendo, portanto, assunto que vem sendo investigado por nosso grupo de pesquisa, decidimos organizar em um mesmo volume trabalhos por nós já apresentados, reunidos pela temática da maternidade.