Por favor, lendo este livro, encha-se da emoção com que foi escrito. Absorva os personagens, mergulhe em seus sentimentos e em suas vibrações. Pense, sorria ou chore com eles: foi feito pra isso.
Não tome as fraquezas do pequeno Siriano como exemplo, mas apenas sua dignidade de criança pobre e humilde. Os pequeninos não pecam porque não conhecem as leis que criam os pecados.
Se policiarmos nossos momentos furtivos, nossa privacidade, nossos segredos inconfessáveis, veremos que é injusto ignorar as fraquezas dos outros, mormente as de uma criança. É uma história comprometida com a verdade de um menino humilde e pobre. Pessoas, datas, lugares... tudo está à disposição para comprovação, menos a parte final que adentra no futuro, preestabelecendo um desfecho simples, mas digno, para mais um protagonista vitimado pelas injustiças sociais.
É um livro cheio de intercalações. No começo não me preocupo com as sete folhas de papel almaço manuscritas que sintetizam a vida de Siriano. Em seguida, em itálico, transcrevo um possível diário de Francisca. Em situação semelhante, uma adolescente sofrida, apaixonada e, depois, desiludida, não desabafaria menos tristemente. Do diário de Francisca, pouco restava. As lágrimas apagaram muitos parágrafos.
Em determinado capítulo, Maria, mãe de Francisca, conta ao neto o seu milagroso nascimento e o grande sofrimento da filha. Na mesma página, Siriano toma as rédeas. Procuro, aí, ser fiel à sua simplicidade, relatando os fatos à sombra de sua realidade cultural.
Mais a frente, preestabeleço para Siriano, um fim compatível com seus sonhos e merecimentos. Penetro no futuro, atrevendo-me a acreditar que Deus não irá privá-lo da sã obsessão de unir sua família e de dar a ela um pouco mais de conforto.
Devo confessar que recebi conselho para repensar a descrição de determinados fatos. Apesar de perceber as razões, acabei por restringir-me a esta ?Explicação prévia?, salvaguardando a originalidade da obra. Estou convencido de que a ?tara? de Siriano tem explicação psicológica convincente. Também, por esta razão, não modifiquei o trabalho. O relato da verdade nunca é incoerente; nem deve ser escandalizante. As incompreensões de qualquer desvio psicológico constatado no ser humano, criança ou não, só são incompreensíveis àqueles que não dominam as ciências atinentes. É a ciência que transforma muitos milagres em coisas simples e normais, ainda que, sensatamente, reconheça como interferência divina, fatos que transcendem seu entendimento. Assim segui o roteiro das folhinhas rabiscadas de Siriano. Fico à mercê das críticas e dos críticos.
Não tome as fraquezas do pequeno Siriano como exemplo, mas apenas sua dignidade de criança pobre e humilde. Os pequeninos não pecam porque não conhecem as leis que criam os pecados.
Se policiarmos nossos momentos furtivos, nossa privacidade, nossos segredos inconfessáveis, veremos que é injusto ignorar as fraquezas dos outros, mormente as de uma criança. É uma história comprometida com a verdade de um menino humilde e pobre. Pessoas, datas, lugares... tudo está à disposição para comprovação, menos a parte final que adentra no futuro, preestabelecendo um desfecho simples, mas digno, para mais um protagonista vitimado pelas injustiças sociais.
É um livro cheio de intercalações. No começo não me preocupo com as sete folhas de papel almaço manuscritas que sintetizam a vida de Siriano. Em seguida, em itálico, transcrevo um possível diário de Francisca. Em situação semelhante, uma adolescente sofrida, apaixonada e, depois, desiludida, não desabafaria menos tristemente. Do diário de Francisca, pouco restava. As lágrimas apagaram muitos parágrafos.
Em determinado capítulo, Maria, mãe de Francisca, conta ao neto o seu milagroso nascimento e o grande sofrimento da filha. Na mesma página, Siriano toma as rédeas. Procuro, aí, ser fiel à sua simplicidade, relatando os fatos à sombra de sua realidade cultural.
Mais a frente, preestabeleço para Siriano, um fim compatível com seus sonhos e merecimentos. Penetro no futuro, atrevendo-me a acreditar que Deus não irá privá-lo da sã obsessão de unir sua família e de dar a ela um pouco mais de conforto.
Devo confessar que recebi conselho para repensar a descrição de determinados fatos. Apesar de perceber as razões, acabei por restringir-me a esta ?Explicação prévia?, salvaguardando a originalidade da obra. Estou convencido de que a ?tara? de Siriano tem explicação psicológica convincente. Também, por esta razão, não modifiquei o trabalho. O relato da verdade nunca é incoerente; nem deve ser escandalizante. As incompreensões de qualquer desvio psicológico constatado no ser humano, criança ou não, só são incompreensíveis àqueles que não dominam as ciências atinentes. É a ciência que transforma muitos milagres em coisas simples e normais, ainda que, sensatamente, reconheça como interferência divina, fatos que transcendem seu entendimento. Assim segui o roteiro das folhinhas rabiscadas de Siriano. Fico à mercê das críticas e dos críticos.
