Em Portugal, ainda há quem se recorde de Sita Valles, a jovem fuzilada em 1977 em Angola. A sua aura continua viva entre as gerações de estudantes universitários, particularmente os associativos que a conheceram, no início dos anos 70, nas faculdades de Medicina de Lisboa e Luanda. Foi uma grande líder do movimento estudantil e um quadro estimado do Partido Comunista Português e da União dos Estudantes Comunistas (UEC). Sita Valles teve uma vida muito breve (1951-1977). Mas intensa.
Desde que tomou consciência das injustiças do mundo, não mais deixou de ser um turbilhão político. Muito activa, quer na clandestinidade quer em democracia, ela acreditava lutar por uma sociedade melhor. Três décadas depois da sua execução ? juntamente com José Van-Dunem, Nito Alves e um número desconhecido de vitímas que certamente ultrapassam as 20 mil, a jornalista Leonor Figueiredo, autora de Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola (Alêtheia Editores, 2009), investigou, recolheu testemunhos, procurou memórias antigas de uma jovem mulher e da sua história brutal, que se tornou num mito de uma geração.
Desde que tomou consciência das injustiças do mundo, não mais deixou de ser um turbilhão político. Muito activa, quer na clandestinidade quer em democracia, ela acreditava lutar por uma sociedade melhor. Três décadas depois da sua execução ? juntamente com José Van-Dunem, Nito Alves e um número desconhecido de vitímas que certamente ultrapassam as 20 mil, a jornalista Leonor Figueiredo, autora de Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola (Alêtheia Editores, 2009), investigou, recolheu testemunhos, procurou memórias antigas de uma jovem mulher e da sua história brutal, que se tornou num mito de uma geração.