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    Sonetos

    Por Luís de Camões
    Existem 2 citações disponíveis para Sonetos

    Sobre

    Mais de 400 anos de polêmicas cercam qualquer nova edição dos Sonetos de Luís de Camões. Principalmente se a intenção é organizá-la de forma metódica e criteriosa.
    Depois de estudar a poesia camoniana durante sete anos, para publicar sua edição da obra lírica de Camões, Domingos Fernandes ainda avisava seus leitores, em 1616: ?Se neste livro se acharem algumas coisas que não sejam de Camões, não me ponham culpa.? As dificuldades em se determinar com precisão a autoria dos 400 sonetos que, em algum momento, foram atribuídos a Camões são tantas e tão antigas que levam até o mais cuidadoso dos editores a dar, por escrúpulos, avisos semelhantes seus leitores.
    Os sonetos de Camões só foram publicados pela primeira vez em 1595, 15 anos após a sua morte. O organizador Lobo Soropita haveria de incluir, nessa primeira edição, vários sonetos apócrifos, atribuídos erroneamente ao autor dos Lusíadas.
    Desde então, os erros foram se reproduzindo e as discussões se multiplicando. Há sonetos banidos de certas edições, só para serem resgatados nas seguintes. Com outros, o contrário ocorre. Alguns editores são muito complacentes, outros pecam pelo excesso de rigor. Muitos são exageradamente subjetivos, poucos se entendem.
    Aos primeiros sonetos publicados por Soropita (1595), as sucessivas edições da lírica camoniana foram acrescentando muitos poemas de autoria duvidosa. O caos se estabelece ao acompanharmos as edições de Estêvão Lopes (1598), Domingos Fernandes (1616), Álvares da Cunha (1663-1668), Faria e Sousa (1685) e do Visconde de Juromenha (1861), que foram construindo o corpus de 400 sonetos atribuídos a Luís de Camões.

    Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], c. 1524 ? Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.

    Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
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    Citações de Sonetos

    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.   Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem, se algum houve, as saudades.   O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto.   E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.

    Em prisões baixas fui um tempo atado Em prisões baixas fui um tempo atado, vergonhoso castigo de meus erros; inda agora arrojando levo os ferros que a Morte, a meu pesar, tem já quebrado. Sacrifiquei a vida a meu cuidado, que Amor não quer cordeiros, nem bezerros; vi mágoas, vi misérias, vi desterros: parece me que estava assi ordenado. Contentei me com pouco, conhecendo que era o contentamento vergonhoso, só por ver que cousa era viver ledo. Mas minha estrela, que eu já’gora entendo, a Morte cega, e o Caso duvidoso, me fizeram de gostos haver medo.

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