Escritos por volta de 1525, estes Sonetos luxuriosos de Pietro Aretino nasceram sob a chancela da clandestinidade.
Sem papas na língua, o poeta satirizou os poderosos e a nobreza com tal vigor que era chamado de ?o flagelo dos príncipes?. Despudoradamente erótico, estes sonetos descrevem sem censura o universo labiríntico do desejo e são capazes de impressionar até os leitores mais desinibidos. Seu espírito livre e sua crítica desabusada valeram-lhe inimigos, e na ocasião do escândalo causado pela divulgação dos Sonetos luxuriosos o poeta teve de abandonar a corte papal e mudar-se de Roma para Veneza. Ali viveu como um potentado, honrado como o maior poeta italiano de seu tempo, num palácio à beira do Canal Grande, servido por uma corte de belas mulheres, as aretinas. Esse fausto era mantido pelos presentes e doações de reis, de príncipes e nobres de toda a Europa e mesmo do Oriente, atentos ao poder de seus escritos e, especialmente, à força destrutiva de suas sátiras. Esta tradução do poeta e ensaísta José Paulo Paes ? a primeira que se fez para a língua portuguesa ? é fiel tanto ao espírito como à forma do original e reproduz com felicidade o vigor e a graça da luxúria de Aretino.
Sem papas na língua, o poeta satirizou os poderosos e a nobreza com tal vigor que era chamado de ?o flagelo dos príncipes?. Despudoradamente erótico, estes sonetos descrevem sem censura o universo labiríntico do desejo e são capazes de impressionar até os leitores mais desinibidos. Seu espírito livre e sua crítica desabusada valeram-lhe inimigos, e na ocasião do escândalo causado pela divulgação dos Sonetos luxuriosos o poeta teve de abandonar a corte papal e mudar-se de Roma para Veneza. Ali viveu como um potentado, honrado como o maior poeta italiano de seu tempo, num palácio à beira do Canal Grande, servido por uma corte de belas mulheres, as aretinas. Esse fausto era mantido pelos presentes e doações de reis, de príncipes e nobres de toda a Europa e mesmo do Oriente, atentos ao poder de seus escritos e, especialmente, à força destrutiva de suas sátiras. Esta tradução do poeta e ensaísta José Paulo Paes ? a primeira que se fez para a língua portuguesa ? é fiel tanto ao espírito como à forma do original e reproduz com felicidade o vigor e a graça da luxúria de Aretino.