Tempos Inversos é meu sétimo livro de poemas e é resultado de um ano de escrita, aprimoramento e vivência das mais diversas sensações. O sucessor de Ex-voto ainda traz certo convívio com a aridez encontrada após o término de um sonho. Mas o que os poemas do livro emanam não é a dor da perda, ou o sabor esfuziante da paixão, mas a claridade sutil que a esperança emana sobre todas as coisas. Em uma alegoria, colocaria o eu-lirico destas páginas como um peregrino em terra assolada por estiagem. Um viajor que já conheceu verdes prados, mas no instante, sente a areia quente nos pés feridos, enquanto olha com esperança nuvens esparsas no céu. O tempo já não importa. O tempo não registra nas areias a história de um homem qualquer. O tempo se tornara as próprias areias. Areias que se movem sempre, que mudam o horizonte sempre, mas nunca deixam de compor o mesmo deserto.
Tempos Inversos
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