Ensaio filosófico onde Antero de Quental aprecia a orientação das correntes de pensamento suas contemporâneas, como o hegelianismo e o positivismo, as quais, de um modo geral, à antiga conceção da realidade como emanação de um ser absoluto opõem a noção de uma realidade 'in fieri', um ser em potência, que se vai organizando numa evolução progressiva, comum à história do Homem e à história do pensamento. Antero contesta essas doutrinas, porquanto ignoram o papel da consciência individual, da força do espírito: "Uma ideia instintiva lateja surdamente, como uma pulsação de vida, nesse universo que a ciência mede e pesa, mas não explica: é a aspiração profunda de liberdade, que abala as molas estelares como agita cada uma das suas moléculas, que anima o protoplasma indeciso como dirige a vontade dos seres conscientes. É esse fim soberano, realizado em esferas cada vez mais largas, que torna efetiva a evolução das coisas."
Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX
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