Segundo Pessoa, ?a obra de Alberto Caeiro representa uma reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal como nem os gregos nem os romanos que viveram nele e por isso o não pensaram, o puderam fazer?.
Neopagão por excelência, mito de si mesmo, Mestre Caeiro, o único heterônimo de Pessoa que era reconhecido pelos outros heterônimos como mestre, nos traduz em seus poemas tudo aquilo que não pode ser traduzido... Isto tampouco é um paradoxo: é que se trata de uma linguagem para ser percebida pela alma, e não pelo cérebro.
De fato, ?há metafísica suficiente em não pensar em nada?, ou seja, em simplesmente existir, e contemplar tudo isto que está a nossa volta. Toda a Eternidade apaixonada pela produção do tempo. Toda a Transcendência a velejar pelo horizonte. Toda a Natureza a bailar com a brisa que escora pelos ombros...
O editor.
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[número de páginas]
Equivalente a aproximadamente 120 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
[sumário, com índice ativo]
- Introdução
- Sinais usados na transcrição do texto
- Prefácio de Ricardo Reis
- Livro 1: O Guardador de Rebanhos
- Livro 2: O Pastor Amoroso
- Livro 3: Poemas Inconjuntos
- Epílogo
- Apêndice
- Agradecimentos finais