Segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde, 2003), os transtornos mentais menores acometem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados, e os transtornos mentais graves, cerca de 5 a 10%. No Brasil, dados da Previdência Social sobre a concessão de benefícios previdenciários de auxílio-doença, por incapacidade para o trabalho superior a 15 dias e de aposentadoria por invalidez, por incapacidade definitiva para o trabalho, mostram que os transtornos mentais, com destaque para o alcoolismo crônico, ocupam o terceiro lugar entre as causas dessas ocorrências (Medina, 1986). Em 2002, 15.029 pessoas afastadas definitivamente das atividades laborais por doenças relacionadas ao trabalho. (Previdência Social do Brasil, 2002) O afastamento de trabalhadores por transtornos mentais no País subiu 2% em relação ao ano de 2011, atingido a marca de 12.337 casos. A elevação preocupa porque a alta ocorre ao mesmo tempo que o número de acidentes de trabalho apresentou redução de 7,2% entre 2008 e 2010, caindo de 755.980 ocorrências para 701.496. Os dados são do último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, documento produzido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). As doenças mentais são responsáveis por cinco das dez principais causas de afastamento do trabalho no País - sendo a primeira delas a depressão -, o que representa um gasto de R$ 2,2 bilhões por ano. Os números aparecem num levantamento sobre a infraestrutura dos serviços de saúde mental no Brasil feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Transtornos mentais relacionados ao trabalho (Coleção saúde do trabalhador Livro 8)
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