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    Trem noturno para Lisboa

    Por Pascal Mercier
    Existem 14 citações disponíveis para Trem noturno para Lisboa

    Sobre



    Trem noturno para Lisboa se tornou fenômeno editorial na Europa, vendeu dois milhões e meio de exemplares desde que foi publicado em 2004. Raimund Gregorius, professor de línguas clássicas em Berna, se levanta no meio da aula, abandona a sala e toma um trem para Lisboa. Em sua bagagem está um exemplar de reflexões filosóficas escrito pelo médico português: Amadeu de Prado. Fascinado pelo livro, Gregorius decide investigar o autor. Em sua viagem encontra pessoas que ficaram marcadas por seu relacionamento com esse homem excepcional, que o conheceram como médico, poeta ou combatente da ditadura.
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    Citações de Trem noturno para Lisboa

    De mil experiências que fazemos, no máximo conseguimos traduzir uma em palavras, e mesmo assim de forma fortuita e sem o merecido cuidado. Entre todas as experiências mudas, permanecem ocultas aquelas que, imperceptivelmente, dão às nossas vidas a sua forma, o seu colorido e a sua melodia.

    Na verdade, a dramaticidade de uma experiência decisiva para a vida é de uma natureza inacreditavelmente silenciosa. Ela tem tão poucas afinidades com a explosão, a labareda e a eclosão vulcânica que, muitas vezes, nem é percebida no momento em que acontece. Quando desenvolve seu efeito revolucionário e mergulha toda a vida numa luz totalmente nova, ganhando uma melodia completamente original, nova, ela o faz sem alarde, e é nessa falta de alarde que reside sua nobreza especial.

    “Força-te, força-te à vontade e violenta-te, alma minha; mais tarde, porém, já não terás tempo para te assumires e respeitares. Porque de uma vida apenas, uma única, dispõe o homem. E se para ti esta já quase se esgotou, nela não soubeste ter por ti respeito, tendo agido como se a tua felicidade fosse a dos outros… Aqueles, porém, que não atendem com atenção os impulsos da própria alma são necessariamente infelizes.”

    Se é verdade que apenas podemos viver uma pequena parte daquilo que há dentro de nós, o que acontece com o resto?

    a palavra é a luz dos homens

    “Há coisas que para nós, os homens, são excessivamente grandes: a dor, a solidão e a morte, mas também a beleza, o sublime e a felicidade. Foi para isso que criamos a religião. E o que acontece quando a perdemos? Acontece que aquelas coisas continuam sendo excessivamente grandes para nós. Resta-nos, então, a poesia da vida de cada um. Mas será ela suficientemente forte para nos sustentar?” Do

    Se é verdade que apenas podemos viver uma pequena parte daquilo que há dentro de nós, o que acontece com todo o resto?

    Por volta das cinco, Gregorius ligou para Konstantin Doxiades, o oftalmologista. Tantas vezes eles haviam telefonado no meio da noite para dividir o sofrimento comum da insônia. Uma solidariedade sem palavras unia pessoas insones. Às vezes, ele jogava uma partida cega de xadrez com o grego, e depois Gregorius podia dormir um pouco até a hora de ir para a escola. — Não faz nenhum sentido, faz? — disse Gregorius ao fim da história gaguejada. O grego permaneceu mudo. Gregorius conhecia isso. Agora ele estaria fechando os olhos e pegando a raiz do nariz com o polegar e o indicador. — Faz todo o sentido — disse o grego. — Todo. — O senhor me ajuda se, no meio do caminho, eu não souber mais o que fazer? — Basta ligar. A qualquer hora do dia ou da noite. Não esqueça o par de óculos sobressalente.

    Como é que ela se chama? Os nomes são as sombras invisíveis com que os outros nos vestem, e nós a eles.

    “Sabe de uma coisa, pensar é a segunda coisa mais bonita. A mais bonita é a poesia. Se houvesse o pensamento poético e a poesia pensante, seria o paraíso.”

    “Está doido”, disseram outros. “Mundus não vai embora assim,

    “A vida não é aquilo que vivemos, é aquilo que imaginamos viver”,

    É a morte que confere ao instante a sua beleza e o seu pavor.

    Estremeço só de pensar na força não intencional e desconhecida, porém inexorável e inevitável, com que os pais deixam marcas nos seus filhos, as quais, como marcas de queimadura, nunca mais poderão ser eliminadas. Os contornos dos seus desejos e medos inscrevem-se como ferro incandescente nas almas dos pequenos, cheios de desconhecimento e impotência em relação àquilo que acontece com eles. Precisamos de uma vida inteira para achar este texto marcado a fogo sem jamais ter certeza se o compreendemos.

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