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    Um grito no vazio para o nada

    Por Daniel Matos

    Sobre

    Um homem a vagar pelos labirintos de sua mente, que às vezes cai, às vezes corre, às vezes olha com fascinação para algo que lhe chama atenção e lhe toma inteiramente, e que, por fim, sonha, se aventura por situações que a acabam por lhe revelar um pouco mais sobre sua existência.

    ?Lugar algum é extremamente alegre até o momento que você descobre onde está, assim se torna extremamente tedioso. Você acaba tendo que rumar para lugar nenhum.? (O Velho e a Pequena Garota)

    ?Então, tudo estava transparente. O tempo foi o primeiro a ganhar minha atenção, com o espaço transparente, todas as páginas do passado, do presente e do futuro se sobrepujaram umas sobre as outras. O segundo se tornou minuto, que se tornou hora, que se tornou dia, que se tornou ano, que se tornou por fim século. Uma eterna lentidão.? (A Queda)

    ?Acidentes têm a capacidade de levar a todas as direções: ao alto da montanha, ou ao fundo do poço; ao deserto mais quente, ou a geleira mais fria; a floresta mais verde, ou a cidade mais cinza. Mas esse acidente veio acompanhado daquele que sempre dá fim, ou início, ou às vezes ambos, com um saindo do outro. O fatídico!? (O Ser Não Existente e a Ideia de Existência)

    ?Tens o desejo de atingir o belo imediatamente, tens o desejo de nunca mais ver o horror. Queres que haja uma diferente forma de se seguir, sem confrontar mais horrores. Mas não há! Não tens escolha! Sua única dúvida vem do querer de ter escolhas. Tens de desistir, pelo menos por enquanto não atingiras o belo neste momento.? (A Grande Muralha)

    ?Nada nunca gira em torno da inação, nem nunca vai girar. Do estático não nascem universos. A ação é sempre necessária para se alcançar aquilo que se quer. E se se quer sentir algo verdadeiro, algo belo, é necessário correr. Correr sem parar.? (A Corrida)

    ?A verdadeira questão é que o tempo não deve ser seguido, mas sim, moldado. Não se pode esperar um momento propício, deve-se criá-lo. E todo o esforço para sua criação, não deve vir de um preparo, mas sim de uma natureza assumida, de um estado de ser.? (Olhando para Cima)

    ?Não és uma árvore fincada ao chão que se recusa a crescer por desejar se movimentar, és, na verdade, uma tartaruga! Uma tartaruga com asas que tem medo de voar. Uma tartaruga que encontrou um buraco numa árvore e lá se escondeu. Numa árvore que, por um certo tempo, lhe ofereceu todas as ilusões necessárias para alimentar a negação do medo, mas uma na qual, por fim, não aguentas mais estar. Já que escondendo-se por tanto tempo, acabou no desespero do isolamento por ser tomado pela visão. A visão que lhe agarrou despercebido e lhe impulsionou para sair, mas que não ofereceu algo para combater esse medo.? (Inclinação para uma Queda)

    ?Então, por que há de me atormentar? Se não me ofereces palavras a me completar, se não me ofereces uma imensidão onde possa me perder, por que há de me atormentar com a visão de distante tamanha beleza? A tortura se faz assim mil vezes pior! Não há nada que mais evidencie o horror que a beleza não alcançada. E essa seriedade que a acompanha, só faz a me atacar, a perfurar meu peito com uma adaga, a cortar e cortar em mil direções.? (Os Fantasmas)
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