Um peixe olhou para mim

Name: Um peixe olhou para mim
Author: Tânia Stolze Lima

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Sobre

Este livro busca restituir as ligações que o cauim apresenta com diferentes aspectos da vida social Yudjá, oferecendo ao mesmo tempo uma análise de um sistema sociocosmológico e um mapa da condição humana. A autora realizou cerca de vinte meses de trabalho de campo etnográfico em aldeias Yudjá (na Terra Indígena Parque Indígena do Xingu, MT) e mais seis meses com famílias Yudjá que se achavam em Brasília, Rio de Janeiro ou Canarana. A substância do material apresentado neste livro foi reunida nos anos de 1984-1985, 1988-1989 e 1990. O livro é uma versão abreviada, remanejada e parcialmente reescrita da tese de doutorado da autora.

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Definido como

digno de nota que reencontremos, lado a lado, a lógica da potência xamânica, das práticas discursivas yudjá sobre o
tema da Terra sem Mal e dos equívocos humanos que fazem o mundo ser o que é.

seria preciso indagar se as relações existentes antes da tragédia demográfica não são constitutivas do sistema atual.

Os Yudjá, por meio do que não deixariam de ser categorias, introduzem linhas que atravessam o socius de modo que faz que, contra o pano de fundo deste, se destaquem grupos (um povo, uma aldeia, um grupo doméstico, uma família ou um pessoal) que se concebem como “um entre si”.22

A morte pessoal é assim apresentada como um meio para atingir a imortalidade nesta vida, neste mundo mortal dos humanos, tornado por isso, para cada pessoa por sua vez, um mundo de imortais.

uma vez que “os modelos teóricos utilizados se desenvolvem por meio da análise de sociedades específicas”, sua aplicabilidade a outras sociedades requer-nos saber que “tipos de mudanças devemos fazer nos próprios modelos”.