Márcia Amantino Universidade Salgado de Oliveira O Marquês de Pombal, através de uma série de medidas tomadas na metrópole e executadas nas diferentes partes do Império Ultramarino, engendrou um Projeto Civilizacional baseado no controle sobre os agrupamentos de indígenas, de vadios e de quilombolas que viviam em áreas que, por diferentes motivos, estavam fora do domínio das autoridades. Tais regiões eram denominadas de Sertões e receberam diversas expedições promovidas com os objectivos de levar a civilidade e efectuar o povoamento com grupos sociais capazes de serem controlados. Além disso, buscava-se também encontrar terras para aumentar as extracções de ouro e a agricultura e consequentemente, incrementar a arrecadação dos impostos devidos à Metrópole. Para atingir todos estes objectivos, era imprescindível limpar" os Sertões de seus moradores considerados indesejados, ou seja, índios tidos como bravios, quilombolas e vadios. Para justificar estas expedições foram criadas inúmeras imagens negativas a respeito destes grupos sociais e para cada um foram desenvolvidas atitudes específicas de controle. Todavia, em comum a todas, a negação ao direito à terra."
Um projecto civilizador pombalino para o sertão oeste de Minas Gerais no século XVIII
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