Eça de Queirós concebe a crônica como um gênero jornalístico em que o narrador goza de uma certa liberdade em termos narrativos, sendo que ela nos retrata essencialmente acontecimentos sociais (festas, bailes, teatros, modas), romances, histórias, crimes, segredos, ou seja, fatos que são inerentes à feição geral de um povo ou de uma comunidade. A subjectividade do cronista está presente na visão que nos é transmitida já que, ora nos revela o afeiçoamento do narrador a determinadas situações ou personagens, ou então deixa transparecer subtilmente o distanciamento, ou mesmo a oposição, a certos factos ou acontecimentos. Comparativamente a outras formas jornalísticas, a crônica tem a virtude de ser mais severa e contundente nas suas críticas dado que, por exemplo, enquanto o artigo de fundo encerra nas suas linhas uma crítica mais implícita do que explícita, a crônica provoca intencionalmente os seus alvos, ridicularizando e escarnecendo através de caricaturas.
Uma Campanha Alegre I
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