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    Ventos Menineiros

    Por Marcos Delgado Gontijo

    Sobre

    “Estou rios, em correntes sinapses. Seguindo o som sonar dos sonhos e os desvarios.” O leitor que se aventura nos versos de Ventos Menineiros de Marcos Delgado Gontijo encontrar-se-á em forma de rio, seguindo correntes sonoras de sua poesia e de seu universo literário precioso de imagens construídas no árduo lapidar do processo criativo.

    “A felicidade e a tristeza andam juntas. São partes do mesmo sentimento, das mesmas expectativas, forças e fraquezas. São partes dos sonhos e das afeições. Das buscas, dos encontros e das surpreendências.” O livro surpreende desde a originalidade do título até os últimos poemas. Após a leitura, fica a sensação de que um vento menineiro pegou o leitor pela mão e o conduziu suavemente pelas entranhas e labirintos do inconsciente do poeta, visitando a infância e conhecendo um jovem sonhador que segue vivo no coração do autor. “Levo presenças, em vento menineiro a brincar com os cabelos, com o passado.”

    Em cada verso, o menino poeta espia, cutuca e provoca o leitor para que reencontre a sua própria criança dentro do peito. Marcos brinca com a linguagem como um menino brinca com a terra e constrói estradas, com a areia e constrói castelos. Ser poeta é brincar com as palavras e construir mundos poéticos. O eterno Manoel de Barros escreveu: “Meu filho você vai ser poeta! Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens, e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!”.

    A riqueza da poesia de Marcos está na maestria de versar o mundo do homem contemporâneo através da inocência e da brincadeira da infância. Mais uma vez, os versos de Manoel de Barros caem como uma luva para traduzir a preciosidade de Ventos Menineiros: “Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).”

    Ah, se todos tivessem a oportunidade de seguir com um vento menineiro e descobrir insignificâncias. “É hora de vaguear, de lançar os poemas nas costas e seguir viagem” escreve Marcos em um de seus poemas. Realmente, é hora de deixar o leitor seguir o seu caminho. Alguns versos o leitor levará para sempre durante a viagem, outros serão lembrados com muito carinho em momentos oportunos.

    Espero que os versos de Marcos Gontijo cheguem ao maior número de leitores possível. Como escreveu Mario Quintana: “Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso, nem porto. Alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti.”

    Abraço literário,
    Marion Cruz
    www.marioncruz.com.br
    (Escritor e poeta)
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