No primeiro momento viu-a aflita entre a multidão apressada e insensível. Na gare do metropolitano, segurava a custo uma flor, procurando dar-lhe proteção da maré humana a fluir. A espécie não conhecia, nem achou relevante perguntar. Podia ser uma dália ou uma orquídea, de sangue bem vermelho, a fazer bandeira com o pé verde.
Chamava-lhe simplesmente Xá. Nunca lhe conheceu outro nome, nem tal encontrou necessário. Aquele diminutivo, tão profundo como as emoções indeléveis, era um rosto jovem, ladino, sorridente, lábios carnudos, olhos acesos, fornalha de promessas, desejo para uma companhia eterna.
Chamava-lhe simplesmente Xá. Nunca lhe conheceu outro nome, nem tal encontrou necessário. Aquele diminutivo, tão profundo como as emoções indeléveis, era um rosto jovem, ladino, sorridente, lábios carnudos, olhos acesos, fornalha de promessas, desejo para uma companhia eterna.