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    Mentes consumistas

    Por Ana Beatriz Barbosa Silva
    Existem 12 citações disponíveis para Mentes consumistas

    Sobre

    Ao longo dos últimos quinze anos, no dia a dia de seu consultório, a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva assistiu ao significativo aumento do número de jovens adultos em busca de ajuda contra angústia, ansiedade, depressão. Boa parte desses casos tem uma origem comum, nem sempre identificada num primeiro momento: a compulsão por compras e suas consequências para a vida financeira e social das pessoas. Atenta a essa nova forma de adoecer ? e à tendência de que se alastre numa sociedade cada vez mais consumista ?, Ana Beatriz lança sua mais recente obra, Mentes consumistas: do consumismo à compulsão por compras. Publicado pelo selo Principium, o livro trata da perigosa tendência atual da busca da felicidade pelo consumo.


    Para surpresa da própria autora, a grande fonte de prazer dos compulsivos se encerra no ato da compra, e não necessariamente na posse ou no usufruto dos bens adquiridos (os quais, com frequência, acabam deixados de lado, enquanto a pessoa se concentra em novos alvos de desejo). A doença ? que a ciência chama de oniomania ? desencadeia quadros bastante semelhantes aos da dependência química e tem características comuns com outras enfermidades "modernas", como a bulimia, a anorexia, o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade). Embora comprar não seja um ato ilegal, muitos oniomaníacos se sentem culpados e chegam a esconder seus hábitos até mesmo das pessoas mais próximas.


    A autora destaca uma singularidade dos compulsivos por compras: diferentemente de quem padece de outros transtornos de comportamento, o consumista descontrolado sofre porque embaralha sua identidade com as marcas dos objetos que compra. Em outras palavras, confunde o "ser" com o "ter". E ele também julga que sua felicidade depende da quantidade de coisas que pode comprar para si e para os outros. Isso o conduz para uma escalada de consumo sem fim, na busca constante pelos efêmeros momentos de prazer proporcionados a cada aquisição.


    Assim como em seus outros livros ? como o best-seller Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado, com mais de 600 mil exemplares vendidos e cuja nova edição revista e ampliada é publicada agora pela Principium ?, a autora recorre a casos reais de sua experiência clínica para ilustrar o sofrimento e a dinâmica da mente do compulsivo por compras. Ela identifica os estopins que podem desencadear a oniomania, lista os sinais e os sintomas da "ressaca" pós-compras e retrata os meios diagnósticos para identificar a doença ? inclusive com um útil check list para o leitor se avaliar.


    Para além de explicar a oniomania, as formas de identificar o transtorno e os meios disponíveis para tratá-lo ? inclusive com um Top 10 de intervenções comportamentais, dicas eficientes para quem sofre da oniomania ?, o livro traz oportunas reflexões sobre a sociedade moderna e seus perversos mecanismos de estímulo ao consumo desenfreado. Ana Beatriz observa que os valores de mercado deixaram o campo da economia e passaram a governar nossa própria vida, varrendo para baixo do tapete princípios morais e éticos que são o que há de melhor na essência humana. Combater o consumismo e a oniomania, nesse sentido, significa lutar pelo resgate desses princípios ? os únicos que podem, sim, nos reconduzir ao caminho da verdadeira felicidade.

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    Citações de Mentes consumistas

    Quando deixamos de nos satisfazer com os produtos criados pelo mercado, começamos a triste derrocada de consumir a nós mesmos: nosso tempo, nossos amores, nosso corpo, nossos sonhos, nossas esperanças e, por fim, nossa frágil e debilitada identidade.

    Esses pensamentos se tornam obsessivos, e o ato de comprar adquire um caráter de urgência que tem o intuito de aliviar o terrível mal-estar interno gerado por tais pensamentos.

    O bom consumidor satisfaz suas necessidades essenciais, permite-se a prazeres eventuais e, com um mínimo de planejamento, ainda consegue, dentro de suas possibilidades, fazer algum nível de poupança para os tempos mais difíceis.

    A compra impulsiva é feita sem nenhum planejamento prévio, de maneira totalmente irracional, e tem como único objetivo a satisfação imediata de uma vontade momentânea e, com certeza, passageira. Como diz o ditado popular, “vontade dá e passa!”.

    Quando uma pessoa apresenta um padrão frequente e repetitivo de compras impulsivas, podemos denominá-la de comprador abusivo ou excessivo.

    Na sociedade consumista, o ócio, no sentido de não fazer nada ou de simplesmente contemplar a vida, tem uma conotação de preguiça ou falta de caráter. E só é visto dessa forma porque o nosso sistema econômico prioriza o lucro advindo de uma atividade produtiva acelerada e de uma atividade consumista exacerbada ou descontrolada, já que, assim, o mercado pode ser permanentemente expandido, e a economia, alimentada. Nesse contexto, parar significa não consumir, e isso é um pecado mortal

    Percebi que o grande prazer desses pacientes estava no “ato de comprar”, e não necessariamente na posse dos objetos, que logo após eram esquecidos em um canto qualquer.

    Uma sociedade que valoriza os indivíduos por aquilo que eles têm, e não pelo que são, faz com que todos vivam em eterna corrida maluca para alcançar um status que, ao ser atingido, já deixou de ter valor.

    Dar limites aos filhos talvez seja uma das mais corajosas maneiras de amá-los.

    Há quem diga que “somos as escolhas que fazemos”. E, quando o assunto é escolher, não adianta tentar fugir ou se esconder da vida: ela sempre dá um jeito de nos fazer, mais cedo ou mais tarde, responder por nossos acertos e erros. Escolhas e/ou decisões fazem parte da vivência humana, e estamos fadados a isso; só nos resta aceitar o fato.

    Nenhum ser humano é capaz de concretizar uma “obra” (seja ela da natureza que for) de forma isolada ou solitária. O melhor de todos os engenheiros do mundo jamais conseguirá erguer um edifício sem contar com o esforço e a dedicação de muitos trabalhadores. É a nossa capacidade de organização e cooperação coletiva que nos faz realizar coisas que nenhuma outra espécie animal pode executar.

    Segundo a dra. Isabela Henriques, advogada e coordenadora do Projeto Criança e Consumo, “o artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor diz que a publicidade deve ser facilmente percebida como tal por quem assiste, e a criança só consegue distinguir a publicidade da programação após os dez anos de idade de modo geral”.[13] Diante desse contrassenso e da falta de regulamentação da publicidade infantil no Brasil, cabe aos pais e aos adultos ensinar às crianças valores e modelos que as capacitem a ser consumidores conscientes no futuro.

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