Competência do professor, eis o assunto deste livro. A palavra competência traz de imediato à mente a ideia de saber-fazer, ou seja, o domínio de determinadas regras de procedimento (técnicas) visando à realização de uma tarefa específica. Por isso a noção de competência evoca, à primeira vista, a concepção tecnicista para a qual esse conceito se resume ao domínio de certas regras externas simplificadas e aplicáveis mecanicamente a tarefas fragmentadas e rotineiras.
Entretanto, ao ultrapassarmos esse nível superficial, constatamos que competência é um fenômeno complexo como, aliás, o são os atributos humanos de um modo geral. Isto porque o homem é, na verdade, o produto de um longo processo, ou seja, é um ser histórico. A competência, portanto, é produzida historicamente. E se quisermos compreendê-la radicalmente, isto é, nas suas raízes, temos de considerá-la na sua historicidade. Assim, em lugar de perguntarmos: o que se entende por competência? Devemos perguntar: o que os homens historicamente situados têm entendido por competência? Ou, mais precisamente: como se produziu historicamente o fato e o conceito de competência? Como essa realidade se desenvolveu e como se expressou a compreensão de seu desenvolvimento?
A competência do professor através dos tempos
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