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    APARTHEID INTELECTUAL: produtos da Escola

    Por CLEBERSON EDUARDO DA COSTA

    Sobre

    Aristóteles definia o homem como um ser racional por natureza (mas como alvo a ser alcançado e não no sentido de determinação) e considerava a atividade racional, o ato de pensar, como a essência dessa dita finalidade, isto é, como o poder viver de acordo com a sua razão. Dizia ele que, para ser feliz, para realizar-se enquanto homem, essa razão deveria comandar os atos da sua conduta ética, orientando-o na prática da virtude. Teóricos que se centraram especificamente nas concepções do Ato e de Potência, sem entender que havia uma exceção a essa regra especificamente relativa ao homem, ao “ser homem”, dado que Aristóteles tinha uma teoria paralela, específica para o ser homem, não entenderam Aristóteles como deveria e, como Sartre, ainda que com toda a sua grandeza e magnitude filosófica, julgaram-no mal. Aristóteles, ao falar da conduta ética, da prática da virtude, da busca da felicidade, fala da necessidade da existência de uma condição humana humanizada no homem, em coerência com a sua racionalidade, para que ele de fato se humanize, mas não de qualquer condição dita humana, e sim de uma que permita a ele se humanizar, tornar-se ser humano de fato. Buscando respaldo em Nietzsche, nas suas apreciações de que “o homem é uma ponte que vai do animal a além dele mesmo”, assim como nos fundamentos epistemológicos existencialistas, e, confrontando dialeticamente esses saberes com as problemáticas históricas de exclusão social e econômicas, especialmente no presente séculos, chegamos ao axioma de que: Homens distantes de uma condição humana humanizada de fato, distantes do exercício da sua racionalidade, além de não se realizarem enquanto seres humanos de fato; além de não se tornarem homens de fato, adquirem, incorporam, em si, qualquer outra condição existencial paradoxal a uma condição humana humanizada de fato, tornando-se escravos, animalizados, alienados e, no sentido moderno, excluídos. Ou seja, justamente aí está caracteriza a abertura “do ser homem”: ele pode alcançar o seu alvo, realizar-se de fato enquanto homem, tanto quanto pode ser qualquer outra coisa; tanto quanto pode ter em si qualquer outra condição inautêntica, desumanizada, animalizada, quando distante da sua finalidade, diferentemente de todos os outros seres. Chamamos, assim, esse não realizar-se do homem enquanto homem, essa condição humana não humanizada do homem, especialmente nas sociedades capitalistas ocidentais, onde tanto as relações sociais cotidianas, tanto quanto as diferentes instâncias pedagógicas estão impregnadas ideologicamente de valores individualistas, Meritocráticos, consumistas, xenófobos e consumistas, de Mediocridade. Abordaremos essa problemática tanto dentro das relações sociais básicas da vida social, que não deixam de ser antipedagógicas e medíocres, ainda que não intencionais, diretamente falando, como daquelas que se referem ao uso da internet, ao mundo do trabalho, as relações amorosas, a vida intelectual, aos aspectos da socialização primária, no seio familiar, e as das instituições pedagógicas ou educativas propriamente ditas. Pretendemos, assim, desvelar as máscaras contrárias à humanização, sob as faces da mediocridade e, ao mesmo tempo, apontar novos caminhos e possibilidades para a educação, para as relações humanas e, consequentemente, para a humanização.
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