As Serelepíadas é um romance infanto-juvenil do tempo em que os jovens brasileiros ainda brincavam nas ruas de suas cidades, exatamente no caminho para a atual sociedade do espetáculo, em que vida se passa antes nas telas das tevês, nos vídeos dos computadores, nos tablets ou nos celulares. Enfim, era uma época em que as crianças se reuniam entre si, as famílias, embora às vezes discutindo muito e se estranhando, se encontravam nas ruas das cidades. Em pouco tempo, essa realidade vem se acabando definitivamente, mas alguma coisa ainda subsiste. Em função dessa limitação temporal, talvez os fatos aí narrados talvez hoje pareçam meio impossíveis de ocorrer, pois, naturalmente, algo semelhante, hoje aconteceria nas áreas de lazer dos condomínios, nos clubes ou nas próprias escolas. Mas naquela não tão distante década de 80 do século XX, ainda havia poucos condomínios com áreas de lazer, as escolas ainda se embaralhavam com a educação física e os clubes quase que se limitavam a ser um espaço de reunião social e lazer individual. Por isso, o que se discute no pequeno romance era mesmo na rua que acontecia.
Enfim, Fred relembra como começou sua carreira de músico, com a banda Goma de Mascar, inicialmente formada por ele, que tocava cabo de vassoura, e Flavinho, cuja batera se constituía de velhas tampas de panelas e algumas caixas de papelão. A característica da banda era só tocar músicas próprias, como O bicho-carpinteiro me mordeu, Zero vezes zero é zero, Guitarra de mentira e Bateria de papel. Por conta de uma das milhares da ideias de seu irmão mais velho, Beto, que foi exatamente promover as Olimpíadas da Rua Luís Gomes, antes das Olimpíadas de Sidney, a banda Goma de Mascar acabou ganhando duas vocalistas, instrumentos de verdade e fazendo sucesso no bairro e na cidade.
Claro, embora mais duradouro, o sucesso da Goma de Mascar só não foi tão estrondoso quanto o das Olimpíadas em si, que contou até com a televisão, a visita de um vereador e a inauguração de uma estátua numa das principais praças do bairro. Lógico, tudo com solenidades e discursos.
Enfim, há um arsenal de personagens interessantes, como seu Evandro, o velho escultor que vivia sozinho e ignorado do bairro, que, por fim, é quem fornece o mote educacional para o romance.
Enfim, Fred relembra como começou sua carreira de músico, com a banda Goma de Mascar, inicialmente formada por ele, que tocava cabo de vassoura, e Flavinho, cuja batera se constituía de velhas tampas de panelas e algumas caixas de papelão. A característica da banda era só tocar músicas próprias, como O bicho-carpinteiro me mordeu, Zero vezes zero é zero, Guitarra de mentira e Bateria de papel. Por conta de uma das milhares da ideias de seu irmão mais velho, Beto, que foi exatamente promover as Olimpíadas da Rua Luís Gomes, antes das Olimpíadas de Sidney, a banda Goma de Mascar acabou ganhando duas vocalistas, instrumentos de verdade e fazendo sucesso no bairro e na cidade.
Claro, embora mais duradouro, o sucesso da Goma de Mascar só não foi tão estrondoso quanto o das Olimpíadas em si, que contou até com a televisão, a visita de um vereador e a inauguração de uma estátua numa das principais praças do bairro. Lógico, tudo com solenidades e discursos.
Enfim, há um arsenal de personagens interessantes, como seu Evandro, o velho escultor que vivia sozinho e ignorado do bairro, que, por fim, é quem fornece o mote educacional para o romance.
