Há momentos em que aquilo que nos cega não é a escuridão, mas o excesso de luz. Estando diante de um mundo luminoso de prazer e respostas prontas, os descalibrados refletores da certeza nos impedem de enxergar as contradições, as ambiguidades e as sutilezas daquilo que nos cerca.
A fé não é formada por certezas, mas por dúvidas trabalhadas de maneira sensível e sofisticada. Questões como “Há alguma continuidade após a morte?”, “Existe um Criador?” ou “Há alguma ordem oculta que rege o nosso mundo?” não podem ser respondidas pela razão. Nilton Bonder ensina que a espiritualidade é uma forma de inteligência baseada no culto da incerteza. Sábio não é quem sabe mais, e sim o que mais procura aprender, já que não tem certezas imunes ao espectro da dúvida.
Bordejando as fronteiras da inteligência, Bonder nos mostra que, se apenas a certeza é visível, é preciso aprender a enxergar muito além dela. Apenas reconhecendo um mundo que também é formado por sombras e incertezas, entraremos em contato com outras formas de sabedoria imprescindíveis para uma compreensão mais ampla da vida.
Fronteiras da inteligência
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