We love eBooks

    Noites do sertão

    Por João Guimarães Rosa
    Existem 14 citações disponíveis para Noites do sertão

    Sobre

    "As duas novelas que formam estas Noites do sertão têm como traço comum a sexualidade como força arrebatadora que se sobrepõe a convenções e preconceitos, e pode levar homens e mulheres tanto à plenitude do prazer quanto ao encontro de si mesmos. A primeira, ?Dão-Lalalão?, é a estória de Soropita, vaqueiro valentão, responsável por várias mortes, que se apaixona totalmente pela faceirice sensual de Doralda, mulher que é ?o estado de um perfume. Respirar que forma uma alegria?. Surupita a tira de um bordel de Montes Claros para fazer dela sua esposa, mas, apesar da felicidade que experimenta ao seu lado, se ressente ainda de que algum de seus companheiros a reconheçam. A segunda, ?Buriti?, narra o envolvimento de quatro pessoas que vivem numa fazenda, num clima de extrema sensualidade que os vaienvolvendo pouco a pouco e provoca as mais inesperadas aproximações. Em Noites do sertão, o centro de atenção do autor transfere-se sutilmente da paisagem e do meio ambiente para as personagens. Se na maioria das obras de Guimarães Rosa a fusão entre personagens e natureza é total, aqui as personagens destacam-se nitidamente da paisagem. E nessa trama de sensualidade e paixão, a grande força avassaladora é das mulheres, entre as quais estão algumas das personagens marcantes da extensa galeria feminina rosiana: Lalinha, elemento urbano perdido nos confins do sertão, à sombra de um simbólico buriti-Liodoro; Maria da Glória, em seu processo de transformação em mulher, e Doralda, protótipo da sensualidade feminina clássica. Vivem todas sob um aparente domínio masculino que lhes é imposto pela sociedade patriarcal que as cerca, mas na realidade são elas que controlam, é delas que advém a tranquilidade dos homens."

    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Definido como

    Listados nas coleções

    Citações de Noites do sertão

    O certo, que todos ficavam escutando o corpo de noturno rumor, descobrindo os seres que o formam. Era uma necessidade. O sertão é de noite.

    um não desfaz no carinho de quem a gente gosta, só por causa que os estranhos estando vendo.

    Mas, Surupita, amor é coragens. E amor é sede depois de se ter bem bebido…

    A meninice é uma quantidade de coisas, sempre se movendo; a velhice também, mas as coisas paradas, como em muros de pedra sossa.

    Quando encontrei Maria da Glória, aqui, foi como se terminasse, de repente, uma grande saudade, que eu não sabia que sentia.

    Sendo o sertão assim — que não se podia conhecer, ido e vindo enorme, sem começo, feito um soturno mar, mas que punha à praia o condão de inesperadas coisas, conchinhas brancas de se pegarem à mão, e com um molhado de sal e sentimentos. De suas espumas Maria da Glória

    O rapaz espiava, queria mais olhos. O jeep avançou, acamando a campina dos verdes, entre pássaros expedidos, airados. Para admirar ainda o Buriti-Grande, o rapaz se voltava, fosse aprender a vida. Era uma curta andada — entre o Buriti-Grande e o Buriti Bom. Chegariam para o almoço. Diante do dia.

    Uma areia fina clara, onde passarinho pode banho de se afundar e espenejar: todo ele se dá cartas. Mas, a vasto, do que o Brejão dá e do que o rio mói, a gente já adivinhava uma frescura no ar, o sim, a água, que é a paz dessas terras. E o Buriti Bom enviava uma saudade, desistia do mistério.

    “O verdadeiro amor é um calafrio doce, um susto sem perigos…”

    escondido muito lá em baixo um riachinho bichinho, bem um fiapo, só, só, que fugia no arrepiado susto de por algum boi de um gole ser todo bebido; um riinho, se recobrindo com miúdas folhagens,

    “Porque em todas as circunstâncias da vida real, não é a alma dentro de nós, mas sua sombra, o homem exterior, que geme, se lamenta e desempenha todos os papéis neste teatro de palcos múltiplos, que é a terra inteira.” Plotino

    “Mulheres têm a ideia sem sossego…” Nhô

    Voltar para casa, as horas correndo bem, era o melhor que havia.

    A felicidade é o cheio de um copo de se beber meio-por-meio; Doralda

    eBooks por João Guimarães Rosa

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções eBooks similares