A5, 111 PÁGINAS - (O MESTRE QUE SABE QUE NÃO SABE: AXIOMAS DE SÓCRATES)
A consciência de que se ignora, diriam filósofos como Sócrates, é um estado biófilo, de plenitude do ser, justamente porque esse ser, na busca pela sabedoria; quanto mais na sua direção, descobre sempre mais que ainda mais ignora.
O próprio Sócrates dizia, perante os seus discípulos, sua célebre máxima: “sei apenas que nada sei”.
Ignorar, nesse sentido, está com o significado distante de qualquer essência e/ou caráter pejorativo e colocada como um estágio de sabedoria do ser em que o ser tem a humildade de saber que não sabe; de saber que ignora cada vez mais e mais quando em direção ao caminho do saber.
Todavia, é preciso dizer: saber que se ignora, ignorar, não pode ser entendido como sendo o mesmo que “ignorância”.
Saber que se ignora é poder, a partir dessa constatação, poder vir a superar a condição ignorante de ignorante.
Ignorância é o que faz o indivíduo desconhecer algo ou um objeto de estudo qualquer e, ao mesmo tempo, desconhecer que desconhece o que se desconhece.
Ou seja, ignorância é:
1- Ignorar a si;
2- Ignorar o mundo a sua volta; e, ao mesmo tempo,
3- Ignorar que se ignora; e
4- Ignorar que se está ou que se é ignorante.
Há, inclusive, nesse tipo de ignorância, muitas vezes, certezas absolutas a respeito daquilo que verdadeiramente acha que se sabe.
O MESTRE QUE SABE QUE NÃO SABE: AXIOMAS DE SÓCRATES
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