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    Ostra feliz não faz pérola

    Por Rubem Alves
    Existem 14 citações disponíveis para Ostra feliz não faz pérola

    Sobre



    O autor define seu livro: ?Pessoas felizes não sentem necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes, a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade?.
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    Citações de Ostra feliz não faz pérola

    Quem acredita que o seu lugar é o pódio está sempre estressado, competindo, tentando passar na frente. Quem não tem pretensões ao pódio vive uma vida mais alegre.

    A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas.

    O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos.

    Devemos encontrar Deus e amá-lo nas bênçãos que ele nos envia.

    Amamos não a pessoa que fala bonito, mas a pessoa que escuta bonito…

    Sábios são aqueles que, da multiplicidade, escolhem o essencial. Simplicidade é isso: escolher o essencial.

    Os portugueses se horrorizaram ao saber que os índios matavam as pessoas e as comiam. Os índios se horrorizaram ao saber que os portugueses matavam as pessoas e não as comiam. Tudo depende do ponto de vista.

    Um amigo é uma pessoa com quem se tem prazer em compartilhar ideias de forma tranquila e mansa. Não é preciso estar de acordo. O rosto do meu amigo não é igual ao meu rosto. E essa diferença me dá alegria. Se convivemos bem com nossos rostos diferentes, por que haveríamos de querer que nossas ideias fossem iguais? Experimentar a diferença de ideias mansamente é uma das evidências da amizade.

    “É preciso que aquele que pensa não se esforce em persuadir os outros a aceitar sua verdade… (Esse é) o lamentável caminho do ‘homem de convicções’; os homens políticos gostam de se qualificar assim. Mas o que é uma convicção? É um pensamento que parou, que se imobilizou, e o ‘homem de convicções’ é um homem tacanho; o pensamento experimental não deseja persuadir, mas inspirar; inspirar um outro pensamento, pôr em movimento o pensar.” (Ignoro o autor)

    Dois tipos de experiência religiosa O primeiro é quando a alma faz silêncio para ouvir a música sagrada que o Grande Mistério faz tocar no universo. Não se pede nada. A beleza do sagrado nos basta. Essa experiência religiosa nos torna mais sábios e belos. O segundo tipo de experiência religiosa é quando a alma sai em busca de fórmulas para engaiolar o sagrado a fim de usá-lo para os seus propósitos. A alma nada ouve da melodia do Grande Mistério porque está chafurdada na confusão dos desejos e na confusão da vida. Quanto mais ávidos do milagre, mais longe de Deus.

    Os limites da palavra Muito tarde aprendi os limites da palavra. Alguns pensam que os seus argumentos, por sua clareza e lógica, são capazes de convencer. Levou tempo para que eu compreendesse que o que convence não é a “letra” do que falamos; é a “música” que se ouve nos interstícios de nossa fala. A razão só entende a letra. Mas a alma só ouve a música. O segredo da comunicação é a poesia. Porque poesia é precisamente isso: o uso das palavras para produzir música. Pianista usa piano, violeiro usa viola, flautista usa flauta – o poeta usa a palavra.

    A memória inteligente sabe esquecer o que não faz sentido. E a desgraça é que as escolas, desde o seu início, vivem sob a sombra do grande bicho–papão. Quem determina os saberes a serem sabidos são os professores que preparam as questões para os exames. E, então, as questões fundamentais da educação, da formação humana dos alunos, são enviadas para o porão.

    Pensamentos vagabundos são pensamentos que a gente pensa sem querer pensar, diferentes dos pensamentos que a gente pensa por precisar deles. Os pensamentos que a gente pensa por precisar deles andam sempre um atrás do outro como soldados em ordem unida. São ferramentas.

    Amamos não a pessoa que fala bonito, mas a pessoa que escuta bonito… A arte de amar e a arte de ouvir estão intimamente ligadas. Não é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir. Os falantes que julgam que por sua fala bonita serão amados são uns tolos. Estão condenados à solidão.

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