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    Perdas e Ganhos

    Por Lya Luft
    Existem 11 citações disponíveis para Perdas e Ganhos

    Sobre

    “Entendi que a vida não tece apenas uma teia de perdas mas nos proporciona uma sucessão de ganhos. O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar.” — Lya Luft Lya Luft é uma mulher de seu tempo, e sobre ele dá seu testemunho em tudo o que escreve, especialmente neste novo livro. Neste primeiro livro seu publicado pela Record, a romancista, cronista e poeta convida o leitor para refletir ao seu lado, indagar, contemplar e admirar o mundo. "Não somos apenas vítimas de fatalidades", diz. "Somos também senhores de nossa vida." Num misto de ensaio e memórias, em PERDAS & GANHOS, Lya retoma diversos temas de O rio do meio — livro publicado em 1996, vencedor do prêmio de melhor livro da Associação Paulista de Críticos de Arte. Considera o ser humano ao mesmo tempo bom e capaz, fútil, medíocre e até cruel. Embarcado numa vida que é um dom, um mistério, e uma conquista a cada momento. Lya acredita que “a felicidade é possível, que não existe só desencontro e traição, mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza.” Sobre isso dialoga, aqui, com seu leitor. Entre alegrias, descobertas, decepções e buscas, em PERDAS & GANHOS — primeiro inédito desde as memórias de infância Mar de dentro, publicado em 2002 — a autora busca dar um testemunho pessoal sobre a experiência do amadurecimento. Convoca o leitor para ser seu amigo imaginário: cúmplice e companheiro de reflexões que vão da infância à solidão e à morte, ao valor da vida e à transcendência de tudo. Lya divaga, discute e versa, com ímpeto, compaixão, e muitas vezes bom humor, sobre velhice, amor, infância, educação, família, liberdade, homens e mulheres, gente de verdade... e conclui que o tempo passa mas as emoções humanas não mudam, revelando que é preciso reaprender o que é ser feliz. Um livro sensível, delicado e inquietante de uma das mais importantes escritoras brasileiras da atualidade, premiada pela crítica e consagrada pelos leitores.
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    Citações de Perdas e Ganhos

    Todo amor tem ou é crise, todo amor exige paciência, bom-humor, tolerância e firmeza em doses sempre incertas. Não há receitas nem escola para se ensinar a amar.

    para saber defender-me no terreno violento em que vivemos preciso ter uma sólida raiz de afetos.

    O meu diminuto jardim me ensina diariamente que há plantas que nascem fortes, outras malformadas; algumas são atingidas por doença ou fatalidade em plena juventude; outras na velhice retorcida ainda conseguem dar flor. Essa mesma condição é a nossa, com uma diferença dramática: a gente pode pensar. Pode exercer uma relativa liberdade. Dentro de certos limites, podemos intervir. Por isso, mais uma vez, somos responsáveis, também por nós. Somos no mínimo co-responsáveis pelo que fazemos com a bagagem que nos deram para esse trajeto entre nascer e morrer.

    Pois viver deveria ser – até o último pensamento e o derradeiro olhar — transformar-se.

    No instrumento de nossa orquestração somos — junto com fatalidades, genética e acaso — os afinadores e os artistas. Somos, antes disso, construtores de nosso instrumento. O que torna a lida mais difícil, porém muito mais instigante.

    É que somos, além de aflitos, desorientados. Falta-nos o hábito de observar e de refletir. Preferimos evitar o espelho que faz olhar para dentro de nós. Cada vez mais amadurecemos tarde ou mal. Somos crianças tendo crianças.

    Esse se tornou para mim o conceito básico de família: aquele grupo, ou aquela pessoa que, mesmo se não me compreende e às vezes nem aprova, me respeitará e amará como sou — ou como consigo ser.

    Queiram os deuses que nesse processo de domesticação a gente consiga preservar a capacidade de sonhar. Pois a utopia será o terreno da nossa liberdade. Ou acabaremos como focas treinadas cumprindo corretamente nossas tarefas, mas soterrando aquilo que chamamos psique, eu, self, ou simplesmente alma.

    Tenho observado algumas jovens que atendem seus pacientes, adultos ou adolescentes, em roupas mais adequadas à danceteria do que à gravidade de um consultório. Nunca me canso de comentar que ali vamos fazer algo mais grave ainda do que remendar as entranhas numa mesa cirúrgica: tentamos remendar a nossa pobre alma.

    Digo que poderíamos ser muito mais felizes do que geralmente nos permitimos ser, mas temos medo dos preços a pagar. Somos covardes.

    O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar.

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