INTELIGÊNCIA EMOCIONAL OU A ARTE RACIONAL DA DISSIMULAÇÃO?
Nas sociedades capitalistas contemporâneas, por exemplo, fala-se em inteligência emocional, como se as emoções, assim como tantas outras capacidades e competências, pudessem estar a serviço da razão, isto é, serem utilizadas, pela inteligência, como mais um mecanismo de poder.
As relações de afeto, nessas sociedades, se tornaram de interesse, mercadológicas, objetos de consumo, assim como dissimuladas, hipócritas e insensíveis de fato.
Autores como Gardner, por exemplo, no fim do século XX, trouxeram questões do tipo “se há emoção na inteligência ou, ao contrário, se há inteligência na emoção”.
Para essas sociedades, todavia, não há um questionamento substancial quanto ao imperativo da razão, isto é, muito pelo contrário, em nome da sustentabilidade desse imperativo, pode e deve-se inclusive se utilizar da emoção.
Em outras palavras, para os escravocratas pós-modernos, para todas as tiranias coercitivas, para todos os mecanismos de controle do Estado capitalista, as emoções podem e devem estar a serviço da razão, já que, para essas sociedades, frise-se: não há razão na emoção; não há razão no mundo sensível, mas apenas paixões, loucuras e insanidades.
SOCIEDADE CORROMPIDA: TRANSGRESSÃO & ARTE RACIONAL DA DISSIMULAÇÃO
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