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    O Anjo do Lar

    Por Horácio Nunes

    Sobre

    "O ANJO DO LAR
    Drama original em 2 atos

    Este drama foi, em 1881, escrito a pedido da então pequenita atriz Julieta dos Santos.

    (Segundo Altino Flores, em 1883 foi entregue, pelo próprio autor, no ?Teatro Santa Isabel?, da antiga cidade do Desterro, à atrizinha Francisca Julieta dos Santos, em cena aberta, em a noite do espetáculo em benefício dela: 5ª feira, 18 de janeiro de 1883. (Veja-se o JORNAL DO COMÉRCIO, do Desterro, dessa época).


    Duas palavras

    Este pequeno drama foi severamente recebido, alegando-se em prol dessa severidade:

    1º. ? ser impossível que uma criança de 10 anos, por muito viva, por muito talentosa que seja, emita uma linguagem como a de que se serve a minha heroína.

    2º. ? Ser o papel de Jorge uma monstruosidade inadmissível.

    De acordo, quanto ao primeiro ponto. A linguagem é realmente, demasiado elevada para uma criança. Mas quando criei o papel de Júlia, não o fiz para que o considerassem como um modelo de naturalidade. Foi unicamente para pôr à prova o talento genial da atrizinha para quem o destinava, tornando-o de difícil execução, não só quanto à parte literária como também quanto à dramática.

    No que diz respeito ao segundo ponto, foram injustos os críticos. Inúmeros exemplos de requintada perversidade, ora consequente do amor, ora do ódio, ora da ambição, são, quase diariamente, noticiados pela imprensa. Ora, se são admitidas essas monstruosidades na vida real, porque não havia eu de transplantar uma delas para a vida fictícia do teatro? Mães que abandonam a prole, pais que estrangulam os filhos, irmãos que violentam as irmãs, homens que assassinam, compelidos pelo ódio ou pela ambição do ouro ? de tais monstros muitas e muitas vezes têm-se se ocupado os jornais. Jorge, pois, é uma monstruosidade, mas não inadmissível. Além disso, Jorge não ama Maria: o seu fim ? único, exclusivo, ? é apossar-se da sua fortuna. Maria, completamente iludida, aceita-o, mas com a condição ? sine qua non ? de passarem todos os seus haveres a pertencer à filha. Júlia, pois, torna-se um obstáculo à realização dos mais íntimos desejos de Jorge, cujo caráter mal está plenamente definido desde a cena VI do 1º ato. Jorge que dinheiro, precisa de dinheiro, de muito dinheiro, e, para obtê-lo, tanta afastar o obstáculo que se lhe antepõe, mostrando-se, porém, sempre extremamente carinhoso, carinhosamente delicado, para não atrair suspeitas."
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