We love eBooks

    Tutameia: (Terceiras estórias)

    Por João Guimarães Rosa
    Existem 14 citações disponíveis para Tutameia: (Terceiras estórias)

    Sobre

    As ?estórias? de Tutameia (Terceiras estórias) são as mais curtas da obra de João Guimarães Rosa e representam um exercício de síntese realizado com excepcional habilidade. Paulo Rónai observou que elas são ?romances em potencial comprimidos ao máximo?. Dispondo de espaço limitado ? os contos foram originalmente escritos para publicação em revista ?, o autor concentra em poucas páginas uma grande intensidade de ação e de observação.

    Cenário, personagens e estilo são os mesmos que os leitores já se habituaram a encontrar na obra de João Guimarães Rosa. A região Centro-Oeste, o sertão mineiro, as velhas fazendas, as pequenas povoações, os lugarejos perdidos e esquecidos do interior constituem o ambiente em que se desenrolam as estórias. E mais do que ambiente, podem ser considerados também como personagens pela integração do homem com o meio onde vive e que constitui um dos traços marcantes da ficção de Guimarães Rosa, resultado de longa observação da realidade, transposta depois para o plano literário num estilo que é o reflexo dessa paisagem e de seus habitantes, tal o aproveitamento da linguagem do sertanejo.

    Como disse Alceu Amoroso Lima a respeito de Tutameia, ?Guimarães Rosa tomou da matéria plástica Brasil em suas mãos de bruxo, tanto paisagem como gente e linguagem, e com ela está modelando uma imagem de nossa cultura absolutamente inédita (...) admirável e incomparável tapeçaria que está tecendo com a fibra mais tipicamente nacional (...) e ao mesmo tempo, com uma nota de humanismo universal tão completa?.

    Tutameia foi o último livro publicado em vida de Guimarães Rosa, que faleceu poucos meses depois de lançada a sua primeira edição em 1967.

    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Tutameia: (Terceiras estórias)

    Deus é quem sabe o por não vir. A gente se esquece — e as coisas lembram-se da gente.

    Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

    A morte é uma louca? — ou o fim de uma fórmula. Mas todos morrem audazmente — e é então que começa a não-história.

    definição de “metafísica”: “É um cego, com olhos vendados, num quarto escuro, procurando um gato preto… que não está lá.”

    para eles, todos, eu não tinha sido eu, devidamente, não pagara o bem com o bem, bastante. O mundo era para os outros,

    Mais me perseguia o desconhecer do espírito.

    Viver é encargo de pouco proveito e muito desempenho, não nos dando por ora lazer para nos ocuparmos em aumentar a riqueza, a beleza, a expressividade da língua.

    duro o caminho que era obrigação.

    Disso, temi ficar louco.

    Sorri, ri, por o contrário de chorar, também. O que dura. Ora eu não tenha medo de morrer, os castigos, os hábitos.

    Mas o povo ria, porém, ao tempo que choravam, por imponentes entusiasmos, por aquele homem ter havido e existido. Refalo. Só ele era bom, protetor de quem e quantos, da melhor sagacidade.

    repelia pensamentos, ninguém está a cobro da doideira de si e dos outros.

    Porque envelheci, a vida não me puxa mais a orelha. Com certeza, o mundo hoje está em paz. Repenso em Rebimba, o bom, valedor. O mal não tem miolo. — “Louvado seja o que há!”

    Minha mulher a me supor; desrespondi a quem me ilude. Tantas

    eBooks por João Guimarães Rosa

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções