"A tia Luzia, lavadeira que morava acerca do açude, recebera em pagamento uns ovos de pata, e, como não tivesse patas nem chocas nem pondo, deitou-os sob uma galinha arrepiada. Tão poedeira era esta ave, que a tia Luzia ensaiou substituí-la por um capão; e, pois, estava no ninho ora uma, ora outro; a galinha com seu forte calor faria os ovos no dia mar¬cado abrirem-se às picadas, o capão afeiçoando-se àqueles bolões bran¬cos acamados entre capins secos, tomar-se-ia de paternal pachorra pelos bolõezinhos cor de gema d'ovo que dali sairiam a andar.
Que pasmo para o sr. Capão, quando os pequenos vieram à luz! Era mesmo um cura, ele, nédio, com sua crista raspada, risonho e afável.
Daí, a galinha foi metida num banho, para largar o choco. E, depois, ? amarrada por um pé debaixo da ateira, ? avistava com uns olhos muito compridos o capão muito ancho com os patinhos. A pobre fazia por livrar-se do maldito cordel que a prendia, dava empuxões, beliscava o nó. Enfe-zada e rouca, estava muito falta de sangue, com as penas muito secas e encardidas."
Que pasmo para o sr. Capão, quando os pequenos vieram à luz! Era mesmo um cura, ele, nédio, com sua crista raspada, risonho e afável.
Daí, a galinha foi metida num banho, para largar o choco. E, depois, ? amarrada por um pé debaixo da ateira, ? avistava com uns olhos muito compridos o capão muito ancho com os patinhos. A pobre fazia por livrar-se do maldito cordel que a prendia, dava empuxões, beliscava o nó. Enfe-zada e rouca, estava muito falta de sangue, com as penas muito secas e encardidas."